Infraestruturas de Portugal reforça sistemas de controlo-comando e sinalização

Estado Notícias Transportes

O novo sistema de controlo-comando da Infraestruturas de Portugal será uma realidade em breve. A empresa vai iniciar a empreitada de concepção, fornecimento, montagem e manutenção em vários troços da rede ferroviária nacional.

Em causa estão os seguintes troços:

  • Linha do Douro: Troço Caíde-Marco de Canaveses-Régua;
  • Corredor Internacional Norte: Ligação Ferroviária Aveiro-Vilar Formoso no Corredor Atlântico: Linha da Beira Alta (Pampilhosa-Vilar Formoso);
  • Corredor Internacional Sul: Ligação Ferroviária Sines/Elvas (Espanha): Troço Évora – Elvas – Caia.

Este projecto representa um valor de investimento de mais de 40,5 milhões de euros. O início formal aconteceu hoje com a assinatura de um auto de início de trabalhos, cuja obra foi adjudicada ao consórcio Thales Portugal/SISINT – Supervisão, conservação, manutenção e gestão de redes de energia.

As intervenções de modernização da Rede Ferroviária Nacional, que estão a ser desenvolvidas pela IP no âmbito do Plano Ferrovia 2020, compreendem também o reforço da segurança do sistema ferroviário, nomeadamente, através do investimento na instalação de sistemas de controlo, comando e Sinalização.

Para além da concepção e construção de Sistemas de Sinalização e ETCS, o contrato prevê também a prestação dos serviços de manutenção integral das mesmas instalações.

A instalação de sinalização electrónica prevista neste contrato, além do aumento da segurança assegura ainda a uniformização das condições de comando e controlo com as existentes na restante Rede Ferroviária, bem como a melhoria das condições de exploração, nomeadamente:

  • Com a instalação de encravamentos que comandam e controlam as agulhas (dispensando as operações de guarnecimento das estações com recursos humanos), detectam a presença de comboios nas linhas, permite que a segurança da circulação ferroviária deixe de estar exclusivamente dependente do factor humano;
  • Pela instalação de sistemas interoperáveis de controlo de tráfego – ETCS, nas linhas/troços com ligações transfronteiriças, nomeadamente na Linha da Beira Alta e no troço Évora-Elvas-Fronteira;
  •  Através do novo controlo e comando centralizado, pelos Centros de Comando Operacionais (CCO) de Lisboa e do Porto, permitirá um maior nível de fiabilidade, flexibilidade, capacidade e disponibilidade dos troços a intervencionar, semelhante à restante rede da RFN já comandada e controlada pelos CCO;
  • Com a integração e automatização das Passagens de Nível incrementando a segurança rodo-ferroviária.

Adicionalmente, este investimento garante:

  • O cumprimento das condições de interoperabilidade estabelecidas na Directiva (UE) 2016/797 relativa à interoperabilidade do sistema ferroviário na União Europeia, no Regulamento (UE) 1315/2013 da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) e enquadramento legislativo da União Europeia, no que se refere aos Sistemas de Controlo, Comando e Sinalização, e do Regulamento de Execução (UE) da Comissão 2017/6, de 5 de Janeiro de 2017, relativo ao Plano de Implantação do Sistema Europeu de Gestão do Tráfego Ferroviário (ERTMS).
  • Implementar um plano combinado de adopção do ERTMS/ETCS, numa estratégia de migração sincronizada para infraestrutura e material circulante que garanta a interoperabilidade técnica e operacional sem lesar a intraoperabilidade nacional, de acordo com o Plano Nacional de Implementação do ERTMS, definido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT);
  • A substituição dos equipamentos de sinalização e controlo de velocidade existentes em fim de ciclo de vida, através do plano de investimentos decorrentes dos projectos de modernização dos troços.

Este investimento, com enfoque no reforço da segurança do sistema ferroviário nacional, é complementar e está devidamente articulado com as diversas empreitadas já em curso, ou com início de obra previsto a muito curto prazo, que a IP está a desenvolver no âmbito da modernização da RFN.