Conheça quanto ganham profissionais de segurança e manutenção em Lisboa e Porto

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A Hays, empresa de recrutamento de profissionais qualificados, revelou recentemente o seu guia do mercado laboral 2019. Fique a saber quais os salários para as funções de especialista de segurança, engenheir do ambiente, qualidade e segurança, director de manutenção e DPO.

Importa destacar a área das tecnologias de informação, a empresa salienta que a mesma “tem-se revelado cada vez mais dinâmica, com um aumento constante da pressão salarial em diversos perfis e um número de necessidades de recrutamento bastante elevado”. Como aponta, “os ataques cibernéticos – que penalizaram bancos, grandes empresas e instituições – levaram a perdas de milhões de euros e a coimas altíssimas, que tiveram um grande impacto no sector das Tecnologias da Informação em 2018”. Também o novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, ou RGPD, influenciou o sector, com um aumento da procura de profissionais na área de bases de dados e cibersegurança.

No geral, registou-se um reforço nas contratações para cliente final, mas também para empresas de consultoria e outsourcing, que continuaram a reforçar as suas equipas.As tecnologias Opensource, Machine Learning e Algorithm têm sido uma prática cada vez mais recorrente, devido à mutação das próprias empresas e ao desenvolvimento do sector, influenciando as tendências de recrutamento.

Tabelas salariais

Em termos salariais, um especialista de segurança na área das tecnologias de informação aufere anualmente valores diferentes em Lisboa e no Porto. Para um trabalhador em Lisboa, a Hays aponta para salários entre 25.000  euros e 35.000 euros (até dois anos de experiência), entre 35.000 euros e 40.000 euros (entre dois e cinco anos de experiência) e entre 50.000 euros e 60.000 euros (superior a cinco anos de experiência).

Já no Porto, a realidade é um pouco diferente. Um trabalhador com dois anos de experiência aufere anualmente entre 22.400 euros e 28.000 euros; entre dois e cinco anos os valores sobem para entre 32.000 euros e 37.500 euros. No caso de um trabalhador com mais de cinco anos de experiência, os salários rondam entre os 39.600 euros e os 43.000 euros.

Em termos da indústria, segundo a Hays, um engenheiro do ambiente, qualidade e segurança aufere, em Lisboa, entre 16.800 a 21.000 euros (entre dois a cinco anos de experiência) e 22.400 a 35.000 euros (entre cinco a dez anos). No Porto, os valores descem para entre 15.400 euros a 25.200 euros (entre dois a cinco anos) e entre 25.200 e 35.000 euros (entre cinco a dez anos).

Também na área da indústria importa salientar a função de director de manutenção. Para estes perfis, a Hays aponta, para Lisboa, entre 42.000 euros e 60.000 euros anuais (entre cinco a dez anos de experiência) e entre 60.000 e 80.0000 euros (mais de dez anos de experiência). Para o Porto falamos de valores na ordem dos entre 37.000 e 49.000 euros (entre cinco a dez anos) e entre 49.000 e 63.000 euros (mais de dez anos).

Por fim, na área legal destaca-se a função de Data Protection Officer (DPO), com salários a rondar, em Lisboa, os 26.000 euros e os 35.000 euros ( entre três a cinco anos de experiência) e os 35.000 e 60.000 euros (mais de cinco anos). No Porto, os valores descem para os 19.600 e 28.000 (entre três a cinco anos) e os 28.000 e 42.000 euros (mais de cinco).

O estudo, desenvolvido todos os anos, destaca a ainda procura por responsáveis de segurança e saúde no trabalho durante 2019, devido à necessidade de as empresas respeitarem as normas seguindo as alterações da legislação.

Além disso, sublinha uma enorme dificuldade de identificar perfis como responsáveis de manutenção e engenheiros de qualidade, devido à pouca disponibilidade no mercado. Em traços globais, os participantes do estudo apontam como mais-valias  a oferta salarial (80%), bom ambiente de trabalho (73%), plano de carreira (63%), cultura empresarial (62%) e qualidade de projectos (51%). Já no quadro dos benefícios mais desejados para aceitarem uma oferta de trabalho, destaque para o seguro de saúde (81%), formação/certiciações (67%), automóvel para uso pessoal (57%), flexibilidade de horários (54%) e possibilidade de trabalhar a partir de casa (30%).