No último ano, o Estado português investiu cerca de 169 milhões de euros em empresas de segurança. Vigilância humana e segurança de instalações foram os principais serviços subcontratados às empresas de segurança em Portugal. 10 empresas absorvem 85,2% do total investido.
De acordo com os números consultados pela Security Magazine, os concursos públicos renderam às empresas de segurança, registadas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada, 169 milhões de euros em 2019. Os valores reflectem os contratos disponibilizados pela plataforma de compras públicas durante o último ano.
Ao todo foram registados 1018 contratos de prestação de serviços com um total de 59 empresas de segurança (num universo de 81 registadas no SIGESP). Os serviços de vigilância humana e segurança das instalações públicas foram os serviços mais procurados ao longo do último ano. Ao nível dos serviços de recolha, transporte e tratamento de valores totalizam-se contratos no valor de 918.248 euros realizados com as empresas Esegur, Grupo 8, Loomis e Prosegur.
Importa salientar que o contrato de prestação de serviços de vigilância e segurança celebrado entre a Prosegur e a REN destaca-se pelo valor, o qual, na globalidade, ficou próximo dos cinco milhões de euros.
Em termos globais, a Strong Charon facturou o maior valor pela soma dos 62 contratos de prestação de serviços celebrados com as instituições públicas, com perto de 30 milhões de euros. Já a Ronsegur, na segunda posição, contou com 96 contratos celebrados num valor total de 22 milhões de euros, seguida de perto pela Prestibel com 19,5 milhões de euros e 87 contratos assinados.
As 10 primeiras empresas absorveram cerca de 144 milhões de euros, o que corresponde a 85,2% do volume total investido pelo Estado.
Top 10 dos maiores contratos públicos com empresas de segurança (em euros) de 2019 para prestação de serviços de segurança e vigilância:
- Prosegur /REN – 4.989.164,25 euros
- PSG / IEFP – 4.485.234,14 euros
- Comansegur/IEFP – 3.760.601,11 euros
- COPS+Delta Force /Secretaria Geral do Ministério da Justiça – 2.612.313,75 euros
- Prestibel/EPAL – 2.480.964,96 euros
- Prestibel / ARSLVT – 2.457.408,84 euros
- Comansegur/IPDJ – 2.069.901,86 euros
- COPS+Delta Force / Secretaria Geral do Ministério da Justiça -1.993.414,18 euros
- Ronsegur/Município de Lisboa – 1.728.053,05
- Prestibel / Município de Lisboa -1.699.262,26
TOP 20 das empresas de segurança por valor da soma dos contratos celebrados com entidades públicas:
| Strong Charon Soluções de Segurança | 29 777 047,58€ | 62 contratos |
| Ronsegur – Rondas e Segurança | 22 170 610,47€ | 96 |
| Prestibel Empresa de Segurança | 19 575 847,02€ | 87 |
| Comansegur – Segurança Privada | 14 520 258,85€ | 45 |
| COPS Companhia Operacional de Segurança | 14 157 776,09€ | 45 |
| PSG-Segurança Privada, SA | 13 086 579,78€ | 50 |
| Delta Force (C) | 11 576 077,51€ | 19 |
| Securitas – Serviços e Tecnologia de Segurança | 8 131 687,62€ | 106 |
| Prosegur Companhia de Segurança | 6 615 643,44€ | 39 |
| Vigiexpert Prevenção e Vigilância Privada | 4 704 667,27€ | 24 |
| Grupo 8 – Vigilância e Prevenção Electrónica | 4 646 769,89€ | 36 |
| 2045 – Empresa de Segurança | 3 444 357,07€ | 42 |
| VM Segurança Privada, Vigilância e Motivação | 3 355 192,97€ | 35 |
| PROVISE – Sociedade de Proteção, Vigilância e Segurança | 2 655 650,11€ | 22 |
| Anthea Serviços de Segurança Privada | 1 225 766,96€ | 3 |
| Stanley Security (C) | 884 952,31€ | 11 |
| 3XL – segurança privada Fernando Marques | 721 432,46€ | 25 |
| Kforcek Segurança Privada | 656 467,12€ | 5 |
| Líder – serviços gerais de vigilância | 636 748,74€ | 10 |
| GIS Segurança Privada | 546 562,76€ | 21 |
Para esta análise, foram contempladas as empresas de segurança registadas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada. Importa referir que existem empresas que apenas contam com um dos quatro alvarás afectos à segurança (A,B,C e D) ou contam com mais de um. Note-se ainda a realidade de alguns grupos que optam pela separação das diversas áreas de negócio por diferentes empresas. Importa ainda salientar o consórcio COPS/Delta Force que, segundo os dados recolhidos, ganhou 16 contratos públicos.
Dados recolhidos pela Security Magazine durante a primeira semana de Janeiro de 2020 (sujeito a alterações com base na informação disponibilizada)
No próximo número da Security Magazine veja a tabela completa.
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