Há uma tecnologia de rastreamento de contacto que quer tornar-se na ferramenta para acabar com o isolamento. É da HypeLabs, uma startup portuguesa.
A solução da HypeLabs está agora disponível sem custos para todos os
países, como uma tecnologia que pode ser integrada em qualquer app e
sistema que esteja a ser desenvolvido ou como app completa.
Inúmeras entidades têm começado a explorar soluções para rastrear o novo
Coronavírus. Entre elas, estão a Apple e a Google, que anunciaram recentemente uma parceria sem precedentes para o desenvolvimento de tecnologia de rastreamento de contacto, focada na privacidade.
Porém, já existe uma tecnologia que o faz, e que tem sido testada e implementada durante os últimos cinco anos. E é de uma startup do Porto.
A HypeLabs, dedicada ao desenvolvimento de um software de comunicação em redes mesh, tem uma tecnologia de rastreamento de contacto que pode tornar- se na ferramenta para acabar com o isolamento.
A tecnologia HypeSDK, já testada e implementada nos últimos anos, pode ser integrada em qualquer app ou sistema que esteja a ser desenvolvido pelos governos.
Esta solução tem capacidade para fazer rastreamento de contacto de forma privada e anónima, inclusive em segundo plano.
Mesmo para alguém que não queira ser rastreado, existe uma opção: desinstalar a app onde a tecnologia SDK está a correr.
Mas a HypeLabs, em conjunto com um grupo de voluntários do movimento
tech4COVID, também desenvolveu o sistema completo: fácil de usar, a CovidApp (CovidApp.org) é uma solução de marca branca, que permite a quarentena selectiva, e que comprovadamente impede a disseminação contínua do novo Coronavírus, refere a empresa.
O sistema está pronto para implantação imediata e será gratuito para todos os países que o pretendam utilizar.
A CovidApp é um sistema de rastreamento de contacto privado e anónimo que detecta proximidade física entre smartphones e trabalha em conjunto com hospitais e governos para informar os utilizadores – mesmo aqueles sem conexão à Internet – acerca da probabilidade de exposição ao COVID-19, caso estes se tenham cruzado com alguém que já contraiu o vírus. A singularidade desta app de rastreamento está no uso da tecnologia de redes mesh (tecnologia patenteada da HypeLabs), que é interoperável (iOS >< Android) e que corre até em segundo plano ou mesmo se o smartphone estiver bloqueado.
Este software utiliza números de identificação (IDs) aleatórios que não requerem qualquer base de dados ou informação privada de qualquer indivíduo.
Os smartphones que tenham a app instalada poderão trocar sinais Bluetooth e Wi-Fi quando os dispositivos estiverem dentro do alcance um do outro, mesmo sem dados móveis ou Internet.
Os registos desses “encontros” serão armazenados no dispositivo durante um período até 14 dias e, subsequentemente, enviados para um servidor central.
Se alguém tiver testado positivo para COVID-19, outros que estiveram em contacto próximo com essa pessoa serão alertados para fazer o teste ou iniciar imediatamente uma quarentena preventiva.
Os portais Web para funcionários de saúde e do governo permitem que funcionários autorizados distribuam informações aos utilizadores finais, desde anúncios importantes até recomendações de saúde para contenção do vírus.
Apenas pessoal médico autorizado pode interagir com o portal e actualizar o estado de saúde dos cidadãos testados.
“É importante sublinhar que nunca ninguém verá as informações privadas dos utilizadores”, reforça Carlos Lei, cofundador e CEO da HypeLabs. “Apenas o ID exclusivo do dispositivo é visível para as autoridades governamentais. A CovidApp pode ajudar cidades e países a reactivar as suas economias o mais rápido possível”.
A CovidApp já foi testada e implementada em alguns países da América Latina, como a Colômbia, o primeiro país a adoptar o sistema que mostra o menor número de infectados da região e está a conseguir o “achatamento” da curva.
Para além de ajudar os virologistas a recolher dados importantes para evitar futuras pandemias, o rastreamento de contacto é uma tecnologia que os governos locais, estaduais e nacionais podem usar como ferramenta geral de análise, privada, para melhorar os sistemas de transporte e ajudar a planear um fluxo mais eficiente de cidades inteiras.
