O ransomware continua a surgir entre as principais preocupações para os profissionais de cibersegurança em todo o mundo. Kaspersky, Watchguard e Sophos identificam este como um dos principais ataques ou que mais tem crescido nos últimos tempos.
Segundo a Sophos, os ataques de ransomware a organizações de saúde aumentara 94% em 2021. A empresa diz que há um aumento de 94% nos ataques de ransomware às organizações inquiridas para o seu estudo sobre o estado do ransomware na saúde – de facto, em 2021 66% das instituições de serviços de saúde foram atacadas, contra 34% no ano anterior.
Como aponta, o lado positivo é, no entanto, que as instituições deste sector estão a melhorar a sua forma de lidar com as consequências dos ataques de ransomware, de acordo com os dados do inquérito: 99% das organizações atingidas receberam de volta pelo menos alguns dos seus dados após os cibercriminosos os terem encriptado durante os ataques.
As organizações de cuidados de saúde registaram o segundo maior custo médio de recuperação de ransomware (1.75 milhões de euros), levando em média uma semana a recuperar de um ataque;67% das organizações acredita que os ciberataques são mais complexos, com base na sua experiência de como estes têm vindo a mudar durante o último ano.
Embora as organizações de saúde sejam as que mais frequentemente pagam o resgate (61%), são também as que o pagam o menor valor médio (aprox. 187 mil euros), em comparação com a média global de 769 mil euros (em todos os setores inquiridos no estudo).
Especialistas da Kaspersky avaliaram as dinâmicas de ataque que impactaram as PMEs entre Janeiro e Abril de 2021 e o período homólogo em 2022. O objectivo é identificar que ameaças representam um perigo crescente para estes empresários.
De acordo com o mais recente relatório, a maioria (64%) das PMEs do mundo já foram vítimas de ataques de ransomware.
Recorde anual de deteções de ransomware
A WatchGuard Technologies revela que as detecções de ransomware no primeiro trimestre deste ano dobraram o total do volume reportado em 2021, o regresso do botnet Emotet em grande escala, a vulnerabilidade Log4Shell a triplicar os seus esforços de ataque, actividade de criptomineração maliciosa e muito mais.
“Com base no pico de ransomware que houve este ano e os dados dos trimestres anteriores, prevemos que 2022 bata o recorde anual de detecções de ransomware”, afirmou Corey Nachreiner, Chief Security Officer na WatchGuard.
Outras conclusões deste Relatório de Segurança da Internet, indicam oo disparo do ransomware. De forma impressionante, o número de ataques de ransomware detetados no Q1 já duplicou o número total de detecções registados em todo o ano de 2021.
A LAPSUS$ surge após a queda do REvil. A análise da WatchGuard ao Q1 sugere que o grupo de extorsão LAPSUS$, juntamente com outras muitas novas variantes de ransomware, como o BlackCat, o primeiro ransomware conhecido escrito na linguagem de programação Rust, pode estar a contribuir para um panorama crescente de ransomware e ciber-extorsão.
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