“A paixão pela cibersegurança, muitas vezes, começa com a curiosidade e o desejo de entender como as coisas funcionam”. Para Tiago Bernardo, a curiosidade despertou quando começou a trabalhar com sistemas Linux. “Essa curiosidade leva a uma aprendizagem contínua e troca de ideias com outros entusiastas, o que é fundamental para nos mantermos actualizados e seguros no ciberespaço”. Hoje desempenha funções de head of systems and cybersecurity da Vieira de Almeida e, como aponta, a cibersegurança é “um campo dinâmico e em constante evolução”.
Security Magazine – Como é que a cibersegurança surgiu na sua vida?
A paixão pela cibersegurança muitas vezes começa com a curiosidade e o desejo de entender como as coisas funcionam. Essa curiosidade começa quando começo a trabalhar com sistemas Linux. Essa curiosidade leva a uma aprendizagem contínua e à troca de ideias com outros entusiastas, o que é fundamental para nos mantermos actualizados e seguros no ciberespaço.
A ética hacker, que enfatiza a importância do conhecimento e da responsabilidade, continua a ser um pilar essencial para muitos profissionais da área. É essa mistura de curiosidade, aprendizagem e ética que muitas vezes define o caminho de quem se dedica à segurança dos sistemas.
Quais são actualmente as suas funções principais?
Actualmente, desempenho as funções de Head of Systems & Cybersecurity na VdA.
Quais os aspectos mais estimulantes nesta área?
A cibersegurança é, sem dúvida, um campo dinâmico e em constante evolução. A capacidade de adaptação e responder a novos desafios é essencial, e a automação e a inteligência artificial (IA) estão a transformar a forma como protegemos os nossos sistemas e os dados. A natureza não estática da cibersegurança oferece oportunidades ilimitadas para o crescimento profissional e para a inovação, mantendo os profissionais sempre alerta e prontos para o próximo desafio.
Que características considera essenciais na liderança em cibersegurança?
Um lema de vida que ressoa com muitos líderes é “Inspirar e ser inspirado”. Isso envolve reconhecer a importância de liderar pelo exemplo, fomentando um ambiente onde a comunicação clara e a colaboração são fundamentais. Além disso, equilibrar as necessidades do trabalho com o bem-estar pessoal é essencial para manter uma equipa motivada e produtiva. Líderes eficazes são aqueles que não só estabelecem processos claros, mas também valorizam e respeitam o tempo e o espaço pessoal de cada membro da equipa.
Qual o seu lema de vida?
Ser melhor hoje do que fui ontem. Conseguir compreender, liderar e ajudar as pessoas que trabalham comigo todos os dias.
Observando os desafios actuais em matéria de cibersegurança, quais são, na sua perspectiva, as grandes tendências que marcam esta área e que merecem maior atenção por parte dos seus profissionais?
As tendências no ciberespaço são dinâmicas e reflectem os avanços tecnológicos e as mudanças nas estratégias dos atacantes. A ascensão do ransomware como uma ameaça dominante nos últimos anos levou a um foco intensificado na protecção de sistemas. No entanto, com a evolução da IA, surgiram novas preocupações, como ataques sofisticados que utilizam IA para criar phishing mais convincente e ataques Deepfake, que representam riscos significativos para indivíduos e organizações. Apesar desses desafios, a IA também oferece soluções promissoras. Ferramentas de segurança aprimoradas pela IA, como sistemas de detecção e resposta a incidentes e avaliações de vulnerabilidade, estão a promover o fortalecimento das defesas. Abordagens de segurança como ZeroTrust estão a tornar-se mais prevalentes, oferecendo uma camada adicional de protecção ao assumir que nenhuma entidade dentro ou fora da rede deve ser automaticamente confiável. Essa mudança para uma postura de segurança mais proactiva e baseada em IA é um passo positivo na luta contra as ameaças cibernéticas, permitindo respostas mais rápidas e decisões mais informadas.
Esta entrevista faz parte da edição especial de cibersegurança. Para receber em primeira mão subscreva a nossa newsletter.
