Para a política de segurança, o layout, os procedimentos e os equipamentos do armazém são verificados regularmente. No entanto, a segurança é um conceito relativo, porque nada é completamente isento de riscos. Neste artigo abordamos 5 armadilhas nas políticas de segurança.
Há sempre espaço para melhorias na atitude e no comportamento dos colaboradores, para prevenir acidentes. De onde vem a negligência em relação à segurança? Apesar da boa vontade, existem factores que podem enfraquecer o foco na política de segurança. Alertamos sobre cinco armadilhas para que possa limitar os riscos.
- Recompensar o comportamento seguro. À primeira vista, não parece haver nada de errado em recompensar o comportamento seguro. Ocasionalmente, o comportamento é ajustado para obter a recompensa, seja qual for a forma. Estudos mostram que isso tem apenas um efeito temporário. Não garante que o funcionário apresente estruturalmente uma maior consciência de segurança. O que se pretende é que o novo comportamento se torne rotina, algo que alguém adote e aplique por conta própria. As recompensas podem ser uma boa forma de compreender o que implica um comportamento seguro, mas necessitam de maior ancoragem na prática diária da política de segurança. Para que todos os colegas vejam a segurança como um interesse pessoal.
- Falta de apoio. Como responsável, leve a sério a sua responsabilidade por um ambiente de trabalho seguro e por uma política de segurança. Não importa ter boas intenções e ideias. Se forem impostas muitas regras aos colaboradores sem que eles próprios estejam envolvidos na tomada de decisões, o apoio não será elevado. Onde realmente deseja evitar a resistência, ela surge. Portanto, não imponha novas diretrizes muito rapidamente. Deixe espaço para sugestões.
- Sem autoconfiança. Quando os funcionários não têm certeza sobre o seu desempenho, eles não desenvolverão as suas próprias iniciativas. Isto afeta a sua capacidade de avaliar situações e fazer escolhas seguras. Evita-se fazer perguntas por medo de parecer estúpido. A autoconfiança faz com que encare os problemas como desafios. Perguntar sobre o ponto de vista dessas pessoas irá incentivá-las a expressar a sua própria opinião. Discuta os erros e faça perguntas que apelem às capacidades de resolução de problemas e à independência. Lembre-se de que os funcionários que parecem excessivamente confiantes podem usar isso para esconder a sua insegurança.
- Dinâmica de grupo. A interação com os colegas diretos tem uma grande influência no comportamento apresentado. Problemas como tensões mútuas, mau ambiente de equipa, resistência, cultura de bode expiatório e questões de poder, dificultam o foco nos resultados. A atenção à qualidade e à segurança enfraquece. Como responsável, procure influenciar a dinâmica do grupo para que se recupere o equilíbrio. Analise quem são os líderes e os seguidores dentro do grupo. Quem se destaca em apoiar ou encorajar os outros e quem é mais rápido a entrar em confrontos. Assim que os trabalhadores que têm maior impacto sobre os outros começarem a considerar as políticas de segurança como uma prioridade, os restantes seguirão rapidamente o exemplo. Essas são as pessoas nas quais se pode concentrar melhor em primeiro lugar.
- Dogmas persistentes. Com o tempo, surgem certezas que dificilmente são questionadas. Porque sempre aconteceu assim ou porque alguém não se atreve a contradizer o grupo. Tais crenças podem tornar-se dogmas. Um exemplo comum disso, é a suposição de que trabalhar com segurança prejudica a produtividade. No entanto, a prática mostra o contrário.
Quando a segurança está em primeiro lugar, trabalhamos com mais disciplina e motivação.
Juízos negativos sobre o desempenho dos colegas também são perturbadores. O comportamento atual deixa de ser relevante para a opinião do grupo. Desmistifique os dogmas existentes o mais rápido possível. Quando conhecer bem as armadilhas mencionadas, terá um melhor controlo sobre os padrões de pensamento dos seus funcionários. Isso é benéfico para a consciência sobre segurança.
Artigo produzido por Toyota Caetano Portugal