APSEI alerta para a importância da segurança nos hóteis

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Em período de férias a Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) não fica indiferente às questões relacionadas com a segurança nos hóteis.
“Os hotéis são, por vezes, comparados a pequenas cidades onde se pode encontrar um elevado número de hóspedes, clientes que utilizam o restaurante, spa ou outros serviços, e colaboradores”, diz.
Toda esta rotatividade e as características arquitetónicas comuns aos hotéis, faz deles locais “extremamente desafiantes em termos de medidas de segurança”.
A APSEI destaca a importância da realização de programas de formação regulares para os colaboradores, controlo e inspecções periódicas dos sistemas de detecção de incêndio e equipamentos e sistemas de protecção contra incêndio, controlo diário dos caminhos de evacuação – garantindo que nenhum mobiliário está a barrar o caminho e/ou portas resistentes ao fogo –, controlo diário da iluminação de emergência e registos das acções realizadas para evidenciar os procedimentos adotados pela maioria dos hotéis de modo a garantir a segurança dos seus ocupantes.Para além disso, os hotéis, de um modo geral, são obrigados a ter registos de segurança, plano de prevenção e plano de emergência.

Quanto aos registos de segurança estes contemplam um conjunto de documentos, auditáveis pela ANPC, que contêm a inscrição de ocorrências relevantes no âmbito da segurança contra incêndio, como por exemplo alarmes intempestivos ou falsos, princípios de incêndio ou actuação de equipas de intervenção, anomalias observadas nas operações de verificação, relatórios das manutenções efetuadas aos equipamentos e sistemas de segurança, entre outros. As ocorrências são registadas com data, hora de início e de fim, e a identificação do responsável pelo seu acompanhamento. Funcionam como um histórico da evolução das condições de segurança dos estabelecimentos.

O plano de prevenção consiste num documento onde se faz a caracterização do edifício, incluindo a identificação das vias horizontais e verticais de evacuação e de todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio, e onde estão indicados os procedimentos a adoptar para evitar a ocorrência de incêndios, de forma a garantir a manutenção do nível de segurança do edifício decorrente das medidas de autoprotecção adotadas e a preparação para fazer face a situações de emergência. Indica quais os procedimentos e comportamentos a adoptar no dia-a-dia do estabelecimento, de forma a manter as condições de segurança do mesmo.

No plano de emergência estão indicadas as medidas de autoproteção a adotar para fazer face a uma situação de incêndio nas instalações, nomeadamente quais os meios humanos e materiais a envolver e os procedimentos a cumprir nessa situação. Tem como objectivo sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes e limitar a propagação e a consequência dos incêndios. Deve conter os planos de atuação e evacuação.

“A segurança deve ser parte do dia-a-dia de todos, quer sejam colaboradores, clientes ou até mesmo intermediários”, aponta a APSEI. Neste sentido, “é necessário descobrir soluções integradas junto das equipas que permitam facilitar o trabalho e satisfazer os clientes sem pôr em causa a segurança, ao mesmo tempo que todos sintam que podem contribuir ativamente para a segurança”.