Eaton prevê 2019 exigente para mercado europeu

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A Eaton, empresa de gestão energética, anunciou as suas previsões para 2019, um ano que se revelará particularmente exigente para o mercado europeu. Dave Oddie, data centre & IT channel manager da Eaton, partilha o que considera serem as principais tendências para o próximo ano e reflete sobre as exigências impostas às empresas que procuram manter-se competitivas no mercado.

1) A questão do Brexit – Num ano em que a União Europeia enfrenta um dos seus maiores desafios, os parceiros de canal devem manter-se focados e não permitirem distrações impostas pelas grandes alterações e tendências macroeconómicas como o Brexit. Ter a capacidade se manter a concentração e a estratégia num período de incerteza impede o abrandamento do ritmo e até mesmo a paragem no desenvolvimento de negócio. A segunda metade de 2019 – altura em que o Reino Unido vai abandonar a EU – será um período de grandes desafios para as empresas, nomeadamente no que concerne às relações entre os fornecedores e os clientes, “que serão testadas num mundo pós-Brexit onde os parceiros de canal terão de gerir as flutuações nas tarifas e as alterações nas políticas fronteiriças”. Assim, manter a agilidade é a ideia chave e “as organizações devem preparar-se proactivamente para estas eventualidades para evitarem uma paralisação fruto de grandes incertezas”.

2) Relevância num mercado cada vez mais global – As empresas de grande dimensão continuam a cimentar a sua posição através da exploração de novas regiões, apostando numa globalização que se torna cada vez mais evidente. Esta realidade impõe claramente uma maior pressão sobre os parceiros de menor dimensão, que necessitam de encontrar tecnologias e estratégias diferentes para manterem a sua relevância. Desta forma, para Bruno Soares, “os revendedores e os distribuidores terão de encontrar novas formas mais céleres de fazer as coisas para ajudarem os seus clientes a fazerem mais com menos – e em menos tempo”. Além disso, vão ainda precisar de trabalhar com os fabricantes para que as soluções sejam rapidamente disponibilizadas no mercado. Desta forma, “os parceiros de canal que invistam em relações baseadas em serviços personalizados e com valor acrescentado terão maiores hipóteses de sucesso”, conclui o mesmo responsável.

3) Aproveitar o talento dos millennials – 2019 será um ano de novos desafios no que concerne ao recrutamento no canal. Num ambiente de incerteza política e de baixas taxas de desemprego, os parceiros de canal vão continuar a ter de contratar profissionais com as competências certas mas a valores competitivos. Conseguir interpretar a melhor forma de encontrar profissionais nos millennials será um argumento essencial. As organizações vão precisar de considerar diferentes iniciativas para atraírem millennials, desde ações de formação a recompensas de remuneração até à implementação de novas tecnologias e de processos ágeis e fáceis de alterar.

4) Novos processos energéticos para maior eficiência – num mercado totalmente digital em que o “always on” é imperativo, a componente energética é um requisito essencial em todas as empresas – e não apenas nas tecnológicas. Desta forma, é importante perceber como podemos armazenar energia e como a podemos utilizar de forma mais eficiente. 2019 vai marcar um período em que se fará uma gradual transição de fontes de geração de energia para soluções de armazenamento de energia. O crescente interesse em fontes energéticas e em estratégias que permitam uma maior eficiência energética oferecem aos parceiros de canais oportunidades para sublinhar a sua posição como parceiro de confiança. Desta forma, estas empresas podem focar-se na forma como podem ajudar as empresas a implementarem os processos de transformação para que os clientes possam tirar o máximo partido da energia – reduzindo custos e emissões nocivas para o ambiente e preparando o negócio para o futuro.

5) Implementar modelos “as-a-service” – o canal vai continuar a explorar a tendência do “as-a-service” no próximo ano. Este modelo garante aos clientes diferentes formas de financiarem projetos e soluções para auferirem de máximos benefícios. Muitas empresas exploram atualmente formas de reduzirem custos em despesas operacionais, permitindo assim superiores níveis de agilidade. Numa altura em que a tecnologia evolui a um ritmo alucinante, a maioria das organizações sabe que a aquisição de soluções para períodos de entre 5 a 10 anos pode coloca-las rapidamente atrás da concorrência. Assim, é necessário apostar em modelos “as-a-service” em 2019.

Dave Oddie sublinha que «independentemente da incerteza política para 2019, vemos muitas oportunidades a aproveitar no próximo ano – desde o aumento da vontade em melhorar os sistemas de cibersegurança à implementação de tecnologia baseada em IA». O mesmo responsável garante que a combinação de níveis de envolvimento mais profundo e o alinhamento com uma estratégia bem definida e elevados níveis de compromisso permite que a Eaton antecipe mais um ano de crescimento. Dave Oddie conclui: «depois de termos duplicado a quota de mercado no canal nos últimos dois anos, queremos obter os mesmos resultados em breve».