A conferência CDAYS, organizada anualmente pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) terminou com balanço positivo. Entre 26 e 27 de Junho, perto de 800 profissionais do sector rumaram ao centro de congressos da Alfândega do Porto para debater e ficar a par das últimas novidades e avanços em matéria de cibersegurança.
“Hoje estamos a concluir uma caminhada que começou a 22 de Junho de 2018, o dia seguinte ao CDAYS 2018”, disse António Gameiro Marques. Em tom de resumo, o director-geral do Gabinete Nacional de Segurança apontou para a presença de mais de 780 participantes, perto de 80 conferencistas, 47 sessões, 28 parceiros, mais de 15.500 visualizações em redes sociais, cobertura por 12 OCS e 50 pessoas do staff. “Mudança acelerada, risco, cooperação, maturidade da sociedade, inovação, políticas públicas, estratégia, multidisciplinariedade, sensibilização, capacitação, educação, tecnologia” foram algumas das palavras-chave retiradas ao longo destes dois dias de conferência, as quais se sistematizam na “trilogia do sucesso pessoas – tecnologias – processos”, numa lógica de aproximação transversal à sociedade.
No final do evento, Lino Santos, coordenador do CNCS, avançou à Security Magazine que “foi uma conferência bastante participada, em linha com o que era esperado e os objectivos traçados”. Quanto à participação, o responsável destacou a presença de “diferentes quadrantes da nossa sociedade”, nomeadamente, a “forte participação da academia, PME, prestadores de serviços digitais, operadores de serviços essenciais, operadores de infra-estruturas críticas e dirigentes da administração pública”.
Com perto de 800 participantes, o coordenador do CNCS salientou a forte participação da comunidade mais jovem, nomeadamente nas sessões técnicas. “Foi uma surpresa e demonstra o interesse dos mais jovens para este tema, o que é bom pois precisamos deles para melhorar a capacidade do nosso país”, disse.
Um dos momentos relevantes da edição deste ano foi o lançamento do “Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança”. Lino Santos sublinhou a sua importância e salientou que este “não chega” e que “apenas define o que deve ser feito”. Neste sentido, avançou que “o CNCS irá continuar a trabalhar e a apresentar instrumentos sobre o «como deve ser feito» até ao final do ano”.
Tornar este evento como um ponto de encontro da grande comunidade de cibersegurança foi um dos objectivos alcançados. O local da edição 2020, que começará a ser trabalhada em Setembro, ainda não foi decidido, porém, Lino Santos apontou que “com a dimensão que a conferência atingiu será muito difícil sair deste eixo litoral, de forma a manter este tamanho e a comunidade junta e interessada”.
O CNCS disponibiliza todas as apresentações no canal do Youtube.