Bright Pixel reforça aposta em cibersegurança

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A Bright Pixel, sociedade de investimentos tecnológicos, participou na ronda de financiamento de dois milhões de euros levantada pela Fyde, a startup norte-americana que desenvolve software para facilitar o acesso remoto e seguro a servidores de uma empresa. A Fyde, que irá aplicar este investimento no desenvolvimento de produto e no crescimento do negócio, vem assim reforçar o portefólio em cibersegurança do venture builder studio e o seu posicionamento a nível internacional.

Fundada em 2017, a Fyde conta com os portugueses José Luís Pereira, que assume o cargo de Chief Technology Officer, e Luísa Lima, vice-presidente de engenharia, na sua equipa de fundadores e uma equipa de cerca de 20 colaboradores no Porto. A sua solução permite o acesso seguro a servidores e elimina os riscos de segurança associados ao tradicional acesso via VPN, tornando-se bastante relevante numa altura em que há uma maior flexibilidade do local de trabalho e o acesso remoto aos servidores da empresa é essencial para que isso aconteça.

“A equipa da Fyde está muito entusiasmada por contar com investidores portugueses como parte do projeto. Este investimento irá ajudar a Fyde a expandir a equipa no Porto com mais talento em engenharia, produto e vendas, por forma a caminhar para o crescimento sustentável da empresa. Uma vez que a maior parte da equipa da Fyde está sediada no Porto, contamos com a Bright Pixel para nos ajudar a envolvermo-nos cada vez mais no ecossistema de empresas portuguesas, assim como para nos dar apoio na nossa expansão das vendas ao nível europeu”, explica Luísa Lima.

“Esta solução ganha particular importância considerando que o acesso remoto aos servidores de uma empresa fornecedora poderá expor outras empresas clientes”. Segundo dados da Fyde, “59% das empresas sofrem uma fuga de dados devido a fornecedores e apenas 16% efetivamente mitiga os riscos associados a terceiros”. Para garantir uma maior segurança, “o software desenvolvido utiliza o modelo Zero Trust Security, que parte do princípio de que nenhum utilizador é confiável e requer que qualquer pessoa, mesmo aquelas que já têm acesso à rede, tenham de ver o seu acesso verificado. Desta forma, se um atacante conseguir o acesso a um servidor, não conseguirá, por consequência, acesso a mais nenhum”.

A Bright Pixel fecha assim a sua segunda ronda de investimento numa startup norte-americana e reforça o seu portefólio de cibersegurança, entrando numa vertente que ainda não estava coberta pelas atuais participadas. “A cibersegurança tem sido uma área chave para a Bright Pixel, devido ao seu potencial de aplicabilidade aos mais diversos setores e à grande necessidade de soluções inovadoras e flexíveis, uma vez que os ataques estão também em constante evolução”, afirma Celso Martinho, cofundador e CEO da Bright Pixel.

“Vimos na Fyde uma solução bastante atual, que atua numa área muito relevante atualmente (Zero Trust Solutions) e complementar às startups em que temos investido e acompanhado”, complementa Alexandre Santos, cofundador e responsável por investimentos desta sociedade de investimentos tecnológicos, que se tem afirmado cada vez mais no mercado como um player de referência neste espaço de investimento mais early stage.

A experiência da equipa da Fyde foi também bastante relevante para este investimento, uma vez que três dos seus quatro fundadores criaram, em 2012, a Remotium, startup na área que foi posteriormente vendida à Avast, uma empresa líder mundial na área de endpoint security, onde trabalharam durante os dois anos seguintes. “A sua equipa de empreendedores em série, com forte conhecimento do setor e a ambição de levar o software aos mais diversos setores de atividade foram também fatores decisivos”, acrescenta.

Rita Baptista Marques, CEO da Portugal Ventures, destaca ainda que: “É com grande orgulho que a Portugal Ventures dá as boas vindas à Fyde no seu portefólio. O investimento na Fyde representa a aposta na capacidade tecnológica nacional em cibersegurança, uma prioridade atual para todos. Um coinvestimento com a Bright Pixel, nosso Ignition Capital Network, e outras entidades internacionais incluindo a Wells Fargo, DNX Ventures e Vertex Ventures, confirma Portugal como um dos melhores países para investir e trabalhar”.

Com a equipa de desenvolvimento em Portugal, a Fyde está a ganhar uma forte tração nos Estados Unidos da América, especialmente em empresas tecnológicas, cujas equipas de desenvolvimento e de vendas trabalham frequentemente de forma remota e precisam de uma ligação segura e com fortes exigências de performance.

Esta é a segunda ronda de financiamento da startup norte-americana, que viu o reforço da confiança dos investidores atuais, Draper Nexus e a Vertex Ventures, fundos de capital de risco com bastante experiência e exits significativos ao longo da sua história, e a entrada de novos investidores, como a Wells Fargo Ventures, a Portugal Ventures e a Bright Pixel.