Estudo indica como estimar custos das lesões e doenças profissionais

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Num novo relatório, a EU-OSHA apresenta as conclusões da segunda parte do seu projecto “Custos e benefícios da segurança e saúde no trabalho”. O relatório descreve duas abordagens para estimar o encargo financeiro das doenças, lesões e mortes relacionadas com o trabalho.

As estimativas de custos são fornecidas por cinco Estados-Membros, seleccionados para representar a diversidade da geografia, da indústria e dos sistemas sociais da Europa. O relatório compara os resultados e explora os pontes fortes e fracos de cada abordagem.

Para os decisores políticos, a estimativa dos impactos económicos dos problemas de saúde relacionados com o trabalho tem um valor inestimável. Permite-lhes tomar decisões informadas sobre as políticas e estratégias em matéria de segurança e saúde.

Segundo o estudo, a necessidade de melhorar a vida profissional na UE continua a ser urgente. Em 2016, cerca de 2,4 milhões de acidentes não fatais levaram a uma média de abstenção de pelo menos quatro dias. Além disso, foram reportados 3.182 acidentes fatais. Em 2013, dados da altura mostraram que 7,9% dos trabalhadores sofriam de uma doença ocupacional, sendo que 36% destes resultaram numa abstenção de pelo menos quatro dias.

Estes problemas de saúde, mortes e acidentes resultam num elevado prejuízo económico para os trabalhadores, empregadores, governos e sociedade. Os custos podem estar relacionados com a reforma antecipada, perda de profissionais qualificados, abstenção ou a presença de trabalhadores doentes nos locais de trabalho, os quais aumentam o número de erros, além dos custos elevados com médicos e prémios de seguros.

A EU-OSHA estima que 3,9% do PIB global e 3,3% do PIB europeu é gasto em doenças e acidentes profissionais. Esta percentagem pode variar entre países, dependendo de factores legislativos, incentivos de prevenção e o cenário industrial.