Aeroporto de Lisboa testa novos procedimentos de segurança

Estado Notícias Transportes

Se passar pelo aeroporto de Lisboa este mês poderá experimentar o futuro do controlo de fronteiras para sair da União Europeia.

Em vez de ficar na fila para mostrar o passaporte, os viajantes podem atravessar a fronteira quase sem problemas, através do reconhecimento de rosto e digitalização sem contacto com as impressões digitais.

A tecnologia “Biometria em Movimento” será testada pela Frontex, agência europeia da guarda de fronteiras e costeira, em conjunto com o SEF, serviço de fronteira de Portugal, e com a ANA, aeroportos de Portugal.

A biometria em movimento tornará mais fácil para os viajantes passarem rapidamente pelos controlos de fronteira sem necessitarem de tirar o passaporte ou outros documentos. A tecnologia implementada dará aos responsáveis de segurança mais tempo para realizarem verificações de segurança sistemáticas e eficientes sem afectarem os passageiros regulares, aumentando a segurança nas fronteiras.



O serviço está a ser testado e abrange cidadãos da União Europeia que saem do espaço Schengen desde dia 8 de Outubro.

No fundo existe uma passagem pela fronteira através de um fluxo contínuo e sem barreiras, recorrendo apenas à identificação biométrica e validação dos dados através de uma tecnologia inovadora de captura em movimento.

Na prática, para participar nesta experiência, o passageiro deverá deslocar-se ao quiosque dedicado ao projecto, situado na zona de partidas do Aeroporto junto à zona de controlo de cartões de embarque, onde após o seu consentimento, serão recolhidos os dados biográficos do passaporte, do cartão de embarque e os dados biométricos (fotografia e impressões digitais).

Após esta recolha, o passageiro pode continuar o seu trajecto habitual até à área de controlo de fronteira, sendo que os dados recolhidos serão alvo de um processamento prévio à semelhança do que ocorreria na fronteira tradicional.

Já na área de controlo de fronteira, o passageiro irá ter à sua disposição um corredor dedicado, onde, em conjunto com o resultado das validações prévias e das validações biométricas ali efectuadas, terá um controlo mais seguro, mais rápido e mais eficaz sem qualquer paragem.

Para já, o projecto piloto será apenas dirigido a cidadãos europeus, maiores de 18 anos, portadores de passaporte electrónico e que se encontrem a viajar para países extra-Schengen (partidas). A participação neste piloto será voluntária.

Recorde-se que o SEF foi pioneiro na utilização da biometria ao serviço do controlo de Fronteira, tendo sido o primeiro País da União Europeia, em 2007, a implementar o RAPID – sistema de controlo de fronteira automatizado.