“As empresas precisam de dinheiro agora” alerta APSEI

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A APSEI – Associação Portuguesa de Segurança alerta que a maioria das empresas de segurança suas associadas não se revê na portaria 70-A/2020, de 15 de Março de 2020, que define e regulamenta os termos e condições de atribuição dos apoios imediatos, de carácter extraordinário, motivados pela pandemia de Covid-19. A associação salienta o facto de os financiamentos anunciados serem, no máximo, a quatro anos e de as empresas apenas poderem recorrer ao apoio do Estado, 60 dias após se verificarem quebras significativas de 40% na facturação.

Como refere Carlos Dias, presidente da APSEI, “durante esses 60 dias, a larga maioria das empresas não terá condições para manter postos de trabalho, cumprir as obrigações com entidades como fornecedores de bens e serviços e com o próprio Estado”.

A associação destaca o papel das empresas de segurança no actual momento. “São inúmeras as instalações que se encontram fechadas e, por isso, muito mais vulneráveis a assaltos (…), tornando o papel destas empresas de segurança ainda mais fundamental para o país”.

Como aponta, “sem as empresas de segurança para garantir a manutenção, instalação e actuação, o crime contra o património irá continuar a aumentar”. Além disso, relembra que é nestas alturas de menos vigilância “que a probabilidade de ocorrência de incêndios aumenta, sendo fundamental que não seja negligenciadas as acções de manutenção das instalações de protecção contra incêndio”. Carlos Dias destaca o adiamento de serviços de manutenção preventiva por parte dos clientes.

“As empresas precisam de dinheiro agora para cumprir com as responsabilidades de agora”, refere, acrescentando que “a medida em que as empresas têm de adiantar os 70% respeitantes ao apoio futuro da Segurança Social, quando em regime de layoff, pouco as irá beneficiar. Se os apoios às empresas não surgirem sem a imposição de condições que os inviabilizem e sem o peso burocrático, muitos negócios não irão resistir e, consequentemente, teremos um cenário de desemprego para muitas pessoas”.

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