O Município de Coimbra abriu um concurso público para fornecimento, aplicação e programação de equipamentos para reactivação de sistema de videovigilância do centro histórico da cidade.
O sistema de videovigilância actualmente instalado no centro histórico compreende um conjunto de 17 câmaras com tecnologia IP, com uma resolução máxima de 4CIF (analógica). O mesmo “encontra-se descontinuado e com funcionalidades obsoletas”. Além disso, o município destaca a existência de “problemas com o sistema de gravação e respectivo posto de visualização e controlo das câmaras”.
Actualmente, os sistemas operativos, instalados nas máquinas, “estão completamente descontinuados e a aplicação de videovigilância Viconet não se encontra actualizada”.
Simultaneamente, ao nível da rede TCP/IP, de suporte ao sistema, “existem problemas de conectividade em alguns circuitos. Existem ligações DSL que, ao dia de hoje, são lentas e susceptíveis a falhas”.
Recorde-se que o actual sistema de videovigilÂncia “é constituído por equipamentos com tecnologia de câmaras analógicas com resoluções baixas e software de gravação e de visualização obsoleto”, aponta o caderno de encargos. Além disso destaca a existência de falhas na encriptação da informação “visto que todos os sinais, sendo analógicos, são facilmente interceptáveis”. O actual sistema “está degradado devido à idade e perda de qualidade das câmaras instaladas e por falta de updates ao software e de manutenção de todo o sistema”.
Neste sentido, a autarquia pretende com a implementação do futuro sistema “abranger uma área com localizações críticas e destina-se exclusivamente à protecção de pessoas e bens”.
A nova solução a implementar contemplará a instalação de 17 câmaras PTZ e multisensor, quatro armários de exterior com equipamentos, rede de comunicações e alimentação eléctrica, servidor de armazenamento suficiente para manter imagens durante 30 dias, máquina cliente com quatro monitores, aplicação cliente com sistema Avigilon Focus of Attention ou equivalente. O posto de comando será deslocado para a PSP.
As câmaras serão instaladas no exterior, “para cobertura do espaço envolvente de circulação pedonal e via de acessos”. O novo sistema visa proteger pessoas e bens, evitar vandalismo, furto e intrusão, evitar circulação e parqueamento indevidos, assim como a salvaguardar a segurança da população local durante a noite e proteger bens e património de reconhecido valor histórico e cultura.
O município irá, então, substituir as câmaras existentes por câmaras IP, adicionar analíticas de video com detecção de pessoas e viaturas, com regras de detecção, integrar este sistema com outros sistemas externos (ex.sirenes, luzes, scada, semáforos).
O sistema deverá permitir a visualização da mesma câmara em mosaico com zooms digitais, procuras nas gravações por movimentos de pixel search, facilidade de funcionar num ambiente cliente servidor em LAN e WAN, permitir a integração de mapas e plantas e icons com as localizações das câmaras, procura avançada por aparências físicas de pessoas e de carros em múltiplos locais, ter metadados de analíticas por padrões processados directamente na câmara, assim como cumprir com o RGPD.
Destaque ainda para a capacidade de integração de alarmes com visualização de alerta e a eventual integração com leitura de matrículas com câmaras IP HD e Full HD a cores.
O sistema contará com câmaras fixas e rotativas Dome Full HD com infra-vermelhos.