Uma sondagem do grupo Adecco apurou que 45% dos profissionais que estiveram em teletrabalho durante o confinamento consideram ideal a localização mista (presencial e remota) para o desempenho das suas funções. Porém, é expetável que na organização do trabalho pós-pandemia 69% da carga horária seja ainda concretizada no espaço habitual de trabalho, enquanto 27% será em casa e 4% noutro local à escolha.
Perante este prisma, o CEO global do Grupo Adecco, Alain Dehaze, refere quais são os pontos fulcrais para o futuro do trabalho. Como será o progresso do trabalho no decorrer dos próximos anos? Como irão as empresas recrutar e os candidatos construir um perfil atractivo para o mercado de trabalho?
Alain Dehaze, CEO global do Grupo Adecco, considera que existem quatro factores que serão imprescindíveis no desenvolvimento sustentável e próspero do trabalho no futuro, que é um legado directo da crise gerada pela COVID-19 em todo o mundo. “O desafio que enfrentamos hoje é um desafio de sincronização – devido à aceleração tecnológica: alguns postos de trabalho serão deslocados e, ao mesmo tempo, as empresas terão de contratar novas competências. Como pode um indivíduo permanecer atrativo neste mercado de trabalho que está a mudar a um ritmo muito rápido?“, questiona Alain Dehaze. Mais do que nunca, é seguro que, às tradicionais competências técnicas, o futuro acrescenta à equação do mundo do trabalho um forte peso das soft skills, como a empatia, a criatividade, capacidade de comunicação e adaptação.
De uma forma genérica, resume que os profissionais que mais sucesso terão no futuro serão os dotados de STEMpathy (Science, Technology, Engineering, Math + Empathy), ou seja: os que reúnem competências em áreas científicas, tecnológicas, de engenharia ou matemática, mas capazes de aplicar os seus conceitos técnicos com muita empatia e capacidade de comunicação. O conceito de STEMpathy é transversal às quatro tendências mencionadas por Alain Dehaze para o futuro do trabalho.
A Adecco define quatro pilares do mundo pós-pandemia: flexibilidade, liderança focada na competência técnica e emocional, incremento da digitalização e fim do horário das 9h às 18h.
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