“A mera detecção de ameaças há muito que é insuficiente”

Cibersegurança e InfoSec Notícias

A Check Point Research (CPR), área de Threat Intelligence da  Check Point Software Technologies Ltd. , alerta para o agravamento dos ciberataques e ameaças cibernéticas a nível global e nacional, advertindo em especial para o maior número de armas de estado-nação que abrem espaço para os hackers levarem a cabo ataques sofisticados.

“Já há muito que avisamos que organizações de todas as dimensões estão a ser bombardeadas por uma quinta geração global de ciberameaças. São ciberameaças multivector que podem causar danos irreparáveis à reputação das empresas comprometidas”, alerta Rui Duro, country manager da Check Point Software Technologies em Portugal.

“(…) muitas empresas estão protegidas apenas pelo que chamamos de ameaças de terceira geração, isto é, ameaças que conhecemos desde o início de 2000 e que procuram explorar vulnerabilidades presentes nas aplicações”, refere.

O cibercrime está a evoluir a um ritmo tal que ficar para trás por umas semanas ou meses pode ter sérias consequências, quanto mais anos. Não é de admirar que ouçamos falar todos os dias de ciberataques,” afirma o responsável.

“A mera deteção de ameaças há muito que é insuficiente. Assim que um atacante entra num dispositivo ou rede corporativa, é demasiado tarde. É, por isso, essencial utilizar soluções avançadas de prevenção contra ameaças que bloqueiem os mais avançados ataques, bem como as ameaças desconhecidas e os ataques zero-day,” concluiu Rui Duro.

Investigadores da Check Point evidenciam que a utilização de ciberarmas ofensivas para apoiar missões nacionais parece ter aumentado. O problema é suscetível de ser agravado pelas superarmas cibernéticas que estão a ser desenvolvidas pelas grandes potências.

“No mundo real, a preparação para um conflito militar pode levar meses ou anos. No mundo online, uma “guerra” pode ser desencadeada em segundos. Uma superarma cibernética é um pedaço de malware utilizado contra um Estado-nação que visa causar danos significativos”, aponta a empresa.

Em Maio de 2021, na região EMEA, a média semanal de ataques por organização foi de 780, em comparação com os 643 registados no início do ano – um aumento de 21%. Em Portugal, a 3 de Maio de 2021, Portugal registava, segundo os dados recolhidos pela Check Point, uma média semanal de 1029 ataques por organização, em comparação com os 659 identificados no início do ano – um aumento de 56%.

Ano após ano, regista-se, na região EMEA, um aumento de 97% do número de ciberataques. Quanto ao tipo de ofensivas, na EMEA, destacaram-se os ataques de malware em dispositivos IoT (aumentou 144%) e ataques móveis (com um aumento de 41%).

A região EMEA registou o terceiro maior aumento nos ataques a fabricantes de hardware (+26%). Os fornecedores de software (+64%) e as empresas de serviços públicos (+46%) viram saltos ainda maiores. Curiosamente, os ataques caíram para as empresas do sector da saúde (-13%) e financeiro/bancário (-16%).

Se gosta desta notícia, subscreva gratuitamente a newsletter da Security Magazine.