No primeiro semestre de 2021 foram registados 847 incidentes pelo CERT.PT, quando no mesmo período em 2020 se registaram 689 e em 2019 apenas 378. Em 2021 houve um aumento de 23% em relação a 2020 e de 124% em relação a 2019, indica o mais recente boletim do Observatório de Cibersegurança, do Centro Nacional de Cibersegurança.
Comparando os primeiros semestres de 2020 e 2021, o mês com mais incidentes registados pelo CERT.PT no ano passado foi Abril, com 150 (o valor mais elevado do ano), e, no primeiro semestre deste ano, Fevereiro, com 190, valores muito acima e divergentes de 2019.
Considerando dados do Instituto Nacional de Estatística e do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Transição Digital, e convertendo-os para valores médios por mês, verifica–se que os meses com mais incidentes registados são aqueles que também evidenciam maiores níveis de confinamento social.
Os períodos de estado de emergência (de Março a Maio de 2020 e de Novembro de 2020 a Abril de 2021) e em particular os de recolhimento geral coincidem com as curvas ascendentes em termos de registos de incidentes por parte do CERT.PT, tendência já identificada em 2020 (CNCS, 2021) e que permanece em 2021.
O phishing continua a ser o tipo de incidente mais frequente entre os registados pelo CERT.PT. No 1º semestre de 2020 correspondeu a 38% do total de incidentes.
Os lugares de destaque do phishing e da engenharia social mostram a importância do factor humano.
Os casos categorizados como engenharia social pelo CERT.PT mais comuns no primeiro semestre de 2021 foram a sextortion (49%), a CEO Fraud (12%), a tentativa de burla mediante caso fictício de herança (11%) e a burla através da plataforma MBWay (7%), entre outros.
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