“A segurança de todos os envolvidos no Rock in Rio é um dos principais compromissos do evento”

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A segurança esteve em destaque na última edição do Rock in Rio Lisboa. Nos dias 18, 19, 25 e 26 de Junho passaram pelos 200.000m2 do parque da Bela Vista, em Lisboa, perto de 300.000 espectadores, tornando este um dos maiores festivais de música do mundo. Ricardo Acto, VP de Operações do Rock in Rio, avança à Security Magazine que a segurança começa a ser preparada um ano antes do evento. Este ano, estiveram envolvidos cerca de 1200 agentes na operação de segurança e saúde do festival.

Security Magazine – Qual a importância que a segurança assume num evento como o Rock in Rio, tendo em conta o número de público, artistas, parceiros e elementos internos e externos da equipa?

Ricardo Acto – A segurança de todos os envolvidos no Rock in Rio é um dos principais compromissos do evento, pois só assim é possível todos usufruírem da experiência ao máximo. Trabalhamos com vários parceiros e entidades competentes para que a segurança seja implementada nas várias áreas, quer seja fora do recinto, na chegada ao mesmo, dentro de portas ou na saída. São cerca de 1200 agentes envolvidos na operação de segurança e de saúde do festival. 

Quais os principais desafios e aspetos que merecem mais atenção por parte do Rock in Rio no que à segurança diz respeito?

Todos os aspectos são importantes, e trabalhamos com um plano detalhado de segurança que cobre os diferentes públicos que temos dentro do evento, seja equipa, fornecedores, artistas, público, entre outros. Isso significa que o nosso plano inclui desde segurança do trabalho, a segurança nos acessos (desde credenciados a bilhetes/público) a outras operações como a qualidade do sistema de CCTV que esta edição foi reforçada.

Damos também a devida importância à questão da cibersegurança (como protecção de dados), obviamente sem nunca descurar tudo o que já implementamos há vários anos em conjunto com as entidades envolvidas nestes temas.

Genericamente, quais são as principais áreas de actuação da vossa equipa de segurança?

Safety, Segurança no Trabalho, Segurança contra incêndio, Segurança Alimentar, Security, Segurança Patrimonial, CCTV, Cibersegurança, Segurança nos bilhetes e na acreditação, Segurança do Público e Trabalhadores.

Fazendo uma radiografia do evento, como está organizada toda a estrutura de segurança do Rock in Rio? Quantas pessoas e que entidades estão envolvidas na segurança da edição deste ano? Quem coordena toda esta mega operação?

Esta operação conta com a participação de cerca de 1200 profissionais de segurança e saúde, existindo um espaço onde as principais entidades estão presentes – o Posto de Comando Táctico. Neste espaço, contamos com a presença de elementos do Rock in Rio, PSP, PSP DIV Trânsito, PROSEGUR, INEM, LUSIADAS, Serviço Municipal de Protecção Civil, em estreita articulação com os demais serviços municipais como RSB. 

Com quanto tempo de antecedência se prepara a segurança de um evento desta dimensão e como coordenam e envolvem toda a equipa e entidades neste processo?

Começamos a preparar e a planear a operação de segurança com cerca de um ano antes do evento.  

Num mundo em acelerada digitalização, as tecnologias  também integram o vosso dispositivo de segurança? Em que medida?

Sem dúvida, e cada vez mais! Este ano contámos uma vez mais com várias tecnologias de controlo operacional, entre as quais controlo de geradores, estações meteorológicas, gestão de depósitos de água, crowd management, e sistemas que permitem caracterizar demograficamente o público, entre outras.

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