Empresas lutam pela protecção adequada de dados

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A mais recente pesquisa da Dell EMC revela que o número de empresas incapazes de recuperar dados após um incidente quase duplicou em relação a 2016, de acordo com o Indicador Global de Proteção de Dados, que analisou um total de 2.200 decisores de TI de 18 países.

A DELL EMC anuncia os resultados obtidos do terceiro Indicador Global de Proteção de Dados que revelam um indicador de crescimento explosivo de dados de 569% a nível mundial e 519% na zona da EMEA e um impressionante salto nos “adoptantes” da protecção de dados de, praticamente 47% desde 2016 na zona da EMEA e 78% a nível mundial.

A pesquisa, baseada nas entrevistas a 2.200 decisores de TI de organizações públicas e privadas, com mais de 250 funcionários em 18 países e 11 sectores, fornece uma compreensão abrangente do estado da proteção de dados e da maturidade das estratégias de protecção dos mesmos. Especificamente, o Indicador detectou um aumento na quantidade média de dados geridos – na zona EMEA de 1,53 petabytes (PB) em 2016 para 9,47 PB em 2018 – acompanhado de uma alta conscientização do valor dos dados.

De facto, na EMEA 89% dos entrevistados vêem o valor potencial dos dados e, neste caso, 29% já rentabilizam os mesmos. Embora esse reconhecimento seja positivo, a maioria dos entrevistados continua a lutar para os proteger de forma adequada. A junção desses factores está a impulsionar muitos dos resultados da pesquisa.

Para as operações de negócios, a importância e o grande volume de dados tornam a protecção dos mesmos muito mais desafiadora. Incidentes de ruptura ocorrem com frequência, mas mais alarmante é o aumento da perda irreversível de dados. Mais de três quartos (77%) dos entrevistados na zona da EMEA sofreram, num período de 12 meses, com algum tipo de interrupção e, por sua vez, 31% não conseguiram recuperar os dados utilizando a solução de proteção de dados existente – o dobro (16%) que em 2016.

Os classificados como “adoptantes” de protecção de dados avançaram quase 47 pontos percentuais na EMEA (de 9% em 2016 para 56% em 2018) e, no caso dos “líderes”, aumentaram 7% (de 2% em 2016 para 9% em 2018). A maioria dasempresas na EMEA lutam para implementar uma solução que atenda adequadamente às suas necessidades. A maioria (94%) dos entrevistados da região da EMEA enfrenta, pelo menos, um desafio em relação à protecção de dados.

Os três principais desafios incluem:

  1. A complexidade da configuração e operação do software / hardware de protecção de dados e os custos crescentes de armazenamento e gestão de cópias de backup devido ao rápido crescimento de dados, com um primeiro comprometimento de 46%;
  2. A garantia da conformidade com regulamentos como o GDPR ficou em segundo lugar, com 44%.
  3. A falta de soluções de proteção de dados para tecnologias emergentes ficou em terceiro lugar, com 43%;

De acordo com o Indicador Global de Proteção de Dados, o uso da cloud pública aumentou de 27% do ambiente total de TI nas organizações da EMEA entrevistadas em 2016 para 39% em 2018, em média. Quase todas as organizações entrevistadas (98%) que usam a cloud pública também estão a aproveitar a situação como parte da sua infraestrutura de proteção de dados.

As regulamentações da privacidade de dados, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia, são relativamente novas e o verdadeiro impacto sobre a indústria de dados ainda não foi alcançado.

No entanto, rapidamente se tornou um ponto focal, já que a conformidade com a regulamentação foi classificada nos três principais desafios de proteção de dados por 44% dos entrevistados. Além disso, apenas 32% das organizações inquiridas na EMEA sentem-se muito confiantes de que a infraestrutura e os processos actuais de protecção de dados da sua organização estão em conformidade com as regulamentações regionais.

  • Em 2018, as organizações da EMEA geriam, em média, cerca de 9.47PB de dados, correspondendo a um crescimento explosivo de 569%, em relação aos 1,45PB alcançados em 2016;
  • Na EMEA, 89% das empresas vêem o valor potencial dos dados, com 29% já rentabilizado;
  • Dos entrevistados na zona da EMEA, 77% sofreram uma interrupção nos últimos 12 meses e 31% obtiveram uma perda de dados irreparável, o dobro dos 16% em 2016;
  • 32% dos entrevistados na EMEA mostraram-se confiantes de que a sua infra-estrutura de protecção de dados está em conformidade com os regulamentos existentes. Apesar disso, apenas 14% dos inquiridos acreditam que as soluções de proteção de dados que possuem conseguirão ultrapassar todos os desafios futuros;
  • 43% dos entrevistados na EMEA admite procurar soluções adequadas de proteção de dados para tecnologias mais recentes, como a inteligência artificial e/ou machine learning.