Cartonarte reforça cultura de segurança

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A Cartonarte, empresa do Saica Group dedicada à produção de embalagens em cartão canelado, tem apostado no reforço da segurança e saúde dos seus trabalhadores. Recentemente, obteve a certificação ISO 45001 Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacionais nas suas instalações da Marinha Grande.

“A segurança e saúde dos nossos trabalhadores é um ponto central para a Cartonarte”, adiantou André Santos, Director de Qualidade, Melhoria Contínua, Segurança e Ambiente da empresa à Security Magazine. “É uma premissa da qual não abdicamos, que é apoiada pela equipa de gestão e transmitida a todos os trabalhadores como parte da cultura da empresa”, referiu.

Como apontou, “embora parte dos acidentes de trabalho derive de condições de trabalho inseguras, a maioria dos acidentes deve-se a comportamentos inseguros”. Nesse sentido, as acções desenvolvidas pela empresa da Marinha Grande “têm incidido bastante na segurança comportamental, no envolvimento dos trabalhadores, na sua consulta e participação e também na formação, informação e sensibilização”.

O responsável salienta “a aplicação de uma lista de verificação de comportamentos de segurança por trabalhadores com funções de liderança, a utilização de uma lista de verificação de segurança dos postos de trabalho que é preenchida semanalmente pelos próprios trabalhadores e a existência de diversos mecanismos de comunicação que suportam um plano de ações bastante dinâmico”.

Além disso, a empresa implementou um projecto em que “auditámos que, para cada trabalhador, existe ficha de aptidão, que teve formação no seu posto de trabalho, na avaliação de riscos e no plano de emergência, que o equipamento onde trabalha tem manual de instruções, marcação e declaração CE, foi verificado segundo o Decreto-Lei 50/2005 e que tem um plano de manutenção activo”.

“A cultura acaba por ser o resultado da repetição sistemática, consistente, sem desvios ou contradições, de várias práticas de segurança”, disse.

Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, o responsável salienta que a preocupação da Cartonarte “foi sempre proteger os trabalhadores, as suas famílias e manter a cadeia de abastecimento de embalagens, principalmente para a indústria farmacêutica e alimentar. Felizmente estes objectivos têm sido plenamente conseguidos”.

Como recorda, “tomámos, desde uma fase inicial, um conjunto alargado de medidas e mantivemos uma abordagem preventiva e consistente, mesmo quando o panorama convidava a algum relaxamento”.

As medidas incluem, por exemplo, o desfasamento de 30 minutos entre turnos, utilização obrigatória de máscara, medição de temperatura, desinfecção dos equipamentos de trabalho no início de cada turno, reforço da equipa de limpeza e a disponibilização de álcool gel tanto nos locais de trabalho como para utilização pessoal.

“É essencial a formação, informação e sensibilização que fazemos diariamente para que não se perca o foco nem se facilite numa fase em que a batalha ainda não foi ganha”, apontou. “Temos também de enaltecer o comportamento exemplar dos trabalhadores, que têm aderido de forma louvável ao desafio que nos colocou o COVID-19”.

Quanto à recente certificação, esclareceu que a ISO 45001 “representa o culminar de vários anos de implementação de uma cultura de segurança”. Sendo algo que orgulha a empresa, “é o reconhecimento de um caminho de melhoria efectiva das condições de segurança e saúde dos nossos trabalhadores”.

“Teve especial significado que a certificação tenha sido alcançada na mesma semana em que atingimos 500 dias sem acidentes com baixa, o que demonstra que aquilo que esteve na base da certificação tem consequências práticas no terreno”. 

Este novo ano será, na opinião de André Santos, “bastante desafiante pois para além daquilo que são os projectos e dinâmica operacional da Cartonarte, teremos ainda a pandemia a criar entropia adicional durante mais alguns meses”.

“É essencial não desarmar nesta luta, o que exige muita sensibilização e acompanhamento junto dos trabalhadores”.

Em cima da mesa estão vários projectos, nomeadamente o da criação de passagens aéreas para eliminar o cruzamento entre pessoas e empilhadores. “Acima de tudo, com muito trabalho e alguma sorte, esperamos conseguir que os nossos trabalhadores permaneçam seguros e saudáveis”.

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