Métodos convencionais de previsão não estão a acompanhar a rápida evolução das necessidades dos clientes

Notícias

Para muitas industrias, a força desestabilizadora da pandemia expôs fraquezas ao longo de toda a cadeia de valor. Também destacou oportunidades para justificar mudanças em maior escala.

O relatório da Salesforce – Trends in Manufacturing – analisou 750 empresas líderes industriais em todo o mundo para identificar os efeitos duradouros da pandemia na indústria – e descobrir o que é preciso para ter sucesso na próxima década.

Abaixo estão algumas das principais conclusões sobre como os líderes da indústria transformadora estão a conduzir a agilidade empresarial na sequência de 2020.

Os fabricantes sentiram os efeitos da pandemia a oscilar nas suas linhas de negócio. Nove em cada 10 fabricantes relataram impactos na procura dos seus clientes, capacidade de produção, linhas de distribuição, e outros.

No entanto, as mudanças mais duradouras centraram-se em torno das funções voltadas para o cliente. Como as reuniões presenciais e as visitas às fábricas foram substituídas por videochamadas e inspecções virtuais, as equipas voltadas para o cliente foram forçadas a adaptar-se de um dia para o outro. Embora estas novas formas de conduzir os negócios tenham sido implementadas rapidamente, elas não vão desaparecer tão cedo. Mais de metade dos fabricantes consideram que as mudanças no serviço ao cliente e nas capacidades de vendas são permanentes.

A volatilidade de 2020 deixou uma coisa clara – os métodos convencionais de previsão não estão a acompanhar a rápida evolução das necessidades dos clientes. Oito em cada 10 fabricantes (81%) dizem precisar tanto de novas abordagens como de novas ferramentas para uma previsão precisa.

95% dos fabricantes admitem aplicar abordagens manuais às suas previsões, sendo que menos de metade dos fabricantes utilizam na sua maioria ferramentas automatizadas.

Em resposta, 81% consideram mover o seu processo de planeamento para a nuvem como uma prioridade crítica ou alta. Vemos isto reflectido também nas prioridades ao nível C, com o aumento da eficiência do processo e o planeamento da procura a surgirem no topo da sua lista.

A maior dificuldade para a tradicional precisão da previsão é a falta de transparência e acessibilidade dos dados ao longo da cadeia de valor. Um terço das empresas considera as ferramentas e os dados dispersos como sendo sérios desafios. As empresas também tinham opiniões muito divergentes sobre a sua própria eficiência operacional, expondo uma percepção inconsistente do negócio.

Para compreender o melhor caminho a seguir, o estudo traça o perfil de dois tipos chave de fabricantes: fabricantes preparados para o futuro (ou seja, aqueles que sentem que os seus sistemas e tecnologia estão prontos para lidar com a década que se avizinha) e fabricantes não preparados (ou seja, aqueles que não sentem que os seus sistemas podem lidar com os próximos 10 anos).


INDÚSTRIAS PREPARADAS PARA O FUTURO TÊM MAIS SISTEMAS NA NUVEM

Enquanto que as empresas mais preparadas para o futuro relatam ter ajustado os seus negócios em resposta à pandemia, estas mudanças parecem tê-los tornado mais resistentes. Os fabricantes preparados para o futuro são quase três vezes mais propensos a reagir rapidamente à perturbação do mercado. Ao mesmo tempo, os fabricantes preparados para o futuro têm 2,2 vezes mais probabilidades de terem transferido a maioria dos seus sistemas de vendas e operações para a nuvem. Nenhum fabricante despreparado moveu totalmente as suas vendas e operações para a nuvem.