Quanto ganha um CISO nos EUA e no Reino Unido?

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Um CISO (Chief Information Security Officer ou director de segurança da informação) nos Estados Unidos recebe actualmente 584.000 dólares por ano (cerca de 580 mil euros), mais 15% do que em 2021 e mais 23% do que em 2020. Por mês falamos de cerca de 48.000 euros em 12 meses. A conclusão é de um recente estudo da empresa de recrutamento Heindrick & Struggles.

A empresa analisou os salários destes profissionais no Reino Unido, onde um profissional recebe cerca de 318.000 libras anuais (cerca de 360.000 euros), mais 4% que em 2021. Em 12 meses serão cerca de 30.000 euros mensais.

O estudo conta com a participação de 327 CISOs dos EUA, Austrália, Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Singapura, Coreia do Sul e Reino Unido. Mais de dois terços dos inquiridos estava a trabalhar em empresas com uma receita anual igual ou superior a 5 mil milhões de dólares de vários sectores de actividade.

Segundo o documento, existem cinco funções que reportam directamente aos CISO – operações de segurança, governança, risco e conformidade, testes de penetração, arquitectura de segurança e segurança de produtos e aplicações.

Como salienta, a cibersegurança está a tornar-se cada vez mais incorporada ao desenvolvimento de software principal e aos processos de negócios, com programas cibernéticos mais sofisticados a anteciparem-se às ameaças e a adoptar uma abordagem de segurança by design em todos os aspectos.

O tamanho das equipas também cresceu face a 2021. O aumento reflete o aumento do investimento nesta função e a importância junto das administrações, o que leva a um aumento do recrutamente a nível mundial. Equipas maiores podem, com o tempo, reduzir o esgotamento dos profissionais.

O esgotamento e stress são os dois principais riscos apontados pelos CISO. Nos EUA os inquiridos partilham que o stress relacionado com as suas funções e o burnout são os maiores riscos pessoais que enfrentam. A perda de emprego em resultado de uma quebra de produtividade foi uma preocupação de 28% dos inquiridos, sendo que a maioria sente-se segura nas suas funções.

Já na Europa, os inquiridos destacam o stress relacionado com a função e o burnout como principais preocupações, num mercado de contratação dinâmico que está a levar a um volume de negócios superior ao habitual e a causar a distração dentro das equipas.

Nos EUA 56% dos inquiridos pretende ocupar um lugar no conselho de administração da empresa, contra 40% na Europa. No entanto, nos EUA, apenas 14% diz ter assento no conselho de administração ou conselho consultivo. Muitos conselhos de administração preferem ter directores com experiência anterior no conselho de administração. 57% dos lugares nos EUA tinham anteriormente assento num conselho de administração de uma empresa pública. Isto acontece porque a experiência de cibersegurança é desesperadamente necessária em conselhos de administração.