Segurança rodoviária – responsabilidade empresas

Notícias Opinião

Por José Fernando Guilherme – Segurança Rodoviária, CTT Correios de Portugal e Chairman Road Safety Experts Team, UPU

As empresas, em particular aquelas que têm frotas automóveis, têm uma responsabilidade especial na Segurança Rodoviária de todos.
Numa época em que a sustentabilidade e a responsabilidade social são preocupações acrescidas, entre outras, na sociedade, as empresas têm ainda uma responsabilidade maior na Segurança Rodoviária.
Essa responsabilidade está definida na legislação, a começar pelo Código da Estrada, e na legislação laboral.
Esta responsabilidade traduz-se na prática em:
Sobre a frota – devem manter a frota em condições de segurança, com a manutenção preventiva em dia, verificações regulares aconselhadas pela marca, as IPO’s previstas na lei, as reparações de acidentes efetuadas com qualidade. Manter uma frota em condições médias de idade e introduzir sempre que possíveis equipamentos adicionais de segurança. Os sistemas de telemetria são uma boa ajuda também.
Sobre os trabalhadores – Promovendo a condução defensiva, o controlo da sinistralidade, a reciclagem quando necessária. Uma atenção cuidada às condições necessárias a uma condução segura.
Sobre a organização do trabalho – respeitando cuidadosamente a legislação relativa a tempos máximos de condução e tempos de descanso. Verificando regularmente a existência de anomalias no caso de viaturas equipadas com tacógrafo. Implementar uma política de frota que defina com clareza as responsabilidades é muito importante também!

CONCLUSÕES
Todos somos responsáveis pela segurança rodoviária…
Mas uma empresa que tem viaturas no transito, que tem trabalhadores a conduzirem muitas vezes em condições muitas vezes difíceis, tem uma responsabilidade acrescida pela segurança dos seus trabalhadores e de terceiros.
Como referido inicialmente, vivemos num período em que tudo é escrutinado. Um acidente rodoviário, laboral ou apenas com danos materiais, é analisado e bem, pelas autoridades competentes e pelas seguradoras.
Qualquer falha detetada pode originar consequências legais, patrimoniais e de imagem (estas podem ser muito mais graves que as anteriores).
Estas situações traduzem-se em perda de credibilidade, prejuízo para a imagem das empresas, alem dos custos financeiros e outros que existam. Não basta publicitar o respeito pela sustentabilidade, pela diversidade, etc…. É essencial ter uma prática coerente em todos os aspetos!
As empresas têm um papel importante na segurança rodoviária!
E sabemos que os ganhos são enormes! Os bons exemplos demonstram claramente esta conclusão.
José Fernando Guilherme