HP Drones apresenta novidades em Palmela

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A HP Drones, representante oficial da DJI Enterprise em Portugal, apresentou, na passada sexta-feira, o novo DJI Matrice 350 RTK e a nova DJI Dock. A Security Magazine assistiu à demonstração num hotel em Palmela e falou com Hanniel Pontes, CEO e fundador da HP Drones.

O novo M350RTK tem algumas inovações face ao M300RTK, onde se destaca a melhoria da qualidade da imagem e a visão nocturna, IP55, conta com um indicador de bloqueio do braço e uma distância máxima de transmissão de 20km (mais 5km), conta ainda com algumas melhorias em termos de banda de frequência GNSS e sistema de transmissão 2T4R, O3 Enterprise.

No caso da DJI Dock, uma caixa compacta de 105kg e 1m2, que se abre e no seu interior conta com um drone que pode voar através de missões pré-programadas, sem necessidade de ter um piloto. Trata-se de um produto de implantação remota e automatizada de drones que pode operar a qualquer hora do dia, bastando para tal estar conectado à internet. O equipamento é à prova de água e raios e conta com protecção contra corte de energia, contando com uma alimentação de reserva de 5h.

À Security Magazine, Hanniel Pontes, CEO e fundador da HP Drones, acredita que este último produto atrairá a atenção das empresas de segurança. “Acredito que existirão imensas empresas, principalmente da área da segurança, que irão querer este novo produto”. Como acrescenta, “o DJI Dock é um produto exclusivo, fornecido pela HP Drones, que conta com certificação e que terá um grande crescimento no mercado. Trata-se de uma nova linha e trará um valor acrescentado ao mercado”.

Nem o céu é o limite

A aposta em drones por parte das empresas é uma realidade cada vez mais comum, até pelas aplicações que podem ter. “A aplicabilidade dos drones é infita. Basicamente actuamos em todas as áreas e as aplicações são inúmeras”, diz.

As três principais áreas de trabalho exploradas pela HP Drones são public safety, mapping (arquitectura, construção, mapeamento) e energy (linhas de alta tensão, paines fotovoltaicos, entre outros).

Hoje o principal foco da HP Drones é desenvolver o mercado português e espanhol. “Contamos com três pessoas em Espanha e temos projectada a contratação de mais pessoas no país. É um mercado que começa a ter grande parte da nossa facturação”. Recorde-se que a HP Drones, segundo o responsável, é a única empresa que tem a representação da DJI Enterprise em Portugal e Espanha.

Sobre os desafios associados à representação de uma marca asiática, o responsável explica que a mesma está “bem consolidada”. O desafio acrescido que existe é ao nível da segurança, ou seja, “é um ponto sensível o caso da partilha de dados e o acesso a dados recolhidos”, por isso, a empresa desenvolveu recentemente “uma solução que permite que todos os dados transmitidos ou recolhidos sejam enviados para o servidor privado do cliente”, sendo que o Exército e algumas corporações de bombeiros já utilizam esta solução.

Dos brinquedos telecomandados até às soluções empresariais

A HP Drones surgiu em plena crise de 2008, pela mão de Haniel Pontes. “Na altura trabalhava com brinquedos telecomandados e, em 2008, comecei com a empresa dentro de um contentor, na pista de rádio modelismo de Monsanto”, recorda o responsável. “Foi um começo turbulento e, passado um ano, mudei-me para a Av. Madrid, no Areeiro, para uma pequena loja – a HP Modelismo”. Já no final de 2010, com o crescimento da procura de drones pelo consumidor final, percebeu que existia uma oportunidade de negócio. “Os drones, na altura não tinham comando integrado e havia necessidade de fazer essa integração. Nós tínhamos esse conhecimento. Agarrámos nos comandos de helicópteros e aviões, integrámos, montámos e configurámos os drones”, conta. Rapidamente a área cresceu. Dois anos depois “os drones já representavam mais de 56% da facturação. Nessa altura, decidimos reestruturar a nossa estratégia, procurámos o auxílio da Universidade Atlântica, e criámos a HP Drones”.

Com uma aposta inicial no segmento B2C, a empresa focou-se posteriormente na linha enterprise, para o segmento B2B, através da parceria com a fabricante DJI, em 2015. “A DJI apostou inicialmente na linha de consumo, a qual foi alocada a outra empresa. Foi então que surgiu a possibilidade de explorarmos a linha Enterprise da DJI, tendo realizado um investimento inicial de 10.000 euros numa demo unit”, explica o responsável. “Nos primeiros dois anos não vendemos quase nada, mas no terceiro ano começamos a ver frutos”. Como refere, até 2015 a HP Drones era uma loja, “agora é uma empresa”, com 25 colaboradores, contando com uma academia, escritórios, loja, centro de reparação e logística.

“Crescemos em média 50% ao ano. O Covid foi um desafio mas conseguimos segurar tudo, não despedimos ninguém, apenas encerrámos as lojas do Porto e Dolce Vita, focamo-nos apenas em Lisboa, passámos a facturar mais e abrimos o mercado espanhol há um ano, onde já facturamos 1,5 milhões de euros”. Para este ano, a previsão é de continuar a crescer em 50% em termos de facturação e continuar a desenvolver o mercado espanhol.

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