Gastos globais das empresas em cibersegurança aumentam no segundo trimestre

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Os gastos globais das empresas com cibersegurança chegaram aos 19 mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano, acompanhando o aumento dos níveis de ameaças em igual período. As conclusões são da Canalys e apontam para um aumento de 11,6% no trimestre, apesar de ser uma aumento ligeiramente inferior no trimestre anterior e no segundo trimestre de 2022.

Os especialistas consideram o resultado bom, apesar das incertezas macroeconómicas e redução dos orçamentos de TI.

O estudo indica que praticamente 12 dos grandes fornecedores receberam quase metade desses investimentos, sendo que a Palo Alto Networks lidera a lista, com um crescimento nas vendas de 25,4%, impulsionado por uma procura de SASE, SecOps, e segurança na cloud.

A Fortinet surge em segundo lugar, que capitalizou o seu maior crescimento em segurança de rede, tendo crescido 19% no segundo trimestre. A Cisco está em terceiro lugar. Nas restantes posições encontram-se a CrowdStrike, Check Point, Okta e Microsoft.

Matthew Ball, analista-chefe da Canalys, afirmou que “as ameaças estão em níveis sem precedentes, com o número de ataques de ransomware relatados publicamente aumentando em mais de 50% e os registos de dados violados mais do que dobraram nos primeiros oito meses deste ano. No ritmo actual, 2023 será o pior ano já registrado, superando em muito os níveis de 2021.”

Ball acrescentou que “descobrir vulnerabilidades e estabelecer inventários de activos, bem como categorizá-los com base no nível de risco, é fundamental para priorizar o investimento em protecção. Essa também é uma base importante para os parceiros criarem planos de correcção para os clientes quando os ataques ocorrem”.

Para a Canalys, as oportunidades de negócios com serviços de cibersegurança para os parceiros será maior do que a venda de tecnologia de cibersegurança neste ano, com previsão de que os gastos cresçam 13,2%, para 143,2 mil milhões de dólares. Os serviços geridos de segurança e os serviços de integração serão as áreas de crescimento mais rápido.

Ainda de acordo com o relatório da empresa, a grande maioria dos gastos com tecnologia de cibersegurança foi realizada pelo canal, representando 91,5% no segundo trimestre, o que marcou um aumento em relação aos 90,5% no mesmo período do ano anterior. Segundo a Canalys, com o risco crescente das ameaças cibernéticas, os clientes mostraram uma necessidade crescente de parceiros de canal que possam ajudar na construção de resiliência cibernética.

Em uma base regional, a América do Norte manteve um patamar resiliente, com um aumento nos investimentos em 12,6%. Os gastos nas regiões da Europa, Oriente Médio e África. (EMEA) e na América Latina também tiveram um crescimento de 11,1% e 13,4%, respectivamente. No entanto, a taxa de crescimento pareceu desacelerar um pouco na região Ásia-Pacífico, onde as organizações reduziram seus gastos, resultando em uma taxa de crescimento de apenas 8,8%.