OSCOT e Microsegur analisam o papel das novas tecnologias nas infra-estruturas críticas

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O Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), em parceria com a Microsegur, organizou esta semana, em Lisboa, a conferência sobre o papel das novas tecnologias na segurança das infra-estruturas críticas, à qual a Security Magazine assistiu.

Durante a sessão inaugural, Jorge Bacelar Gouveia, presidente do OSCOT, destacou que há uma maior sensibilidade por parte da opinião pública relativamente às infra-estruturas críticas, destacando o crescimento do peso das infra-estruturas privadas e a necessidade de alargamento da protecção a mais infra-estruturas e sectores e o escalonamento destas mesmas infra-estruturas.

Salientou que o balanço não é muito animador relativamente à identificação das infra-estruturas críticas nacionais, existindo muitas infra-estruturas que ainda não foram identificadas, destacando a importância da plataforma informática onde deverão constar todas as fichas relativas às infra-estruturas. Além disso, destacou que “se a actividade de fiscalização de planos de segurança não for feita com efectividade e permanência é provável que as coisas caiam no esquecimento e haja novos riscos que não sejam acautelados e esses planos de segurança não estejam devidamente actualizados”.

Em relação ao futuro, Jorge Bacelar Gouveia destacou que ainda não existe o conceito estratégico de defesa nacional, que ainda não foi aprovado em conselho de ministros. Hoje, disse, há uma mudança imparável, ao nível da globalização, mobilidade das pessoas, digitalização, entre outros. Neste sentido, as infra-estruturas críticas têm um papel muito relevante. Salientou que há necessidade de legislar sobre a manutenção das infra-estruturas vitais do Estado, existindo muito caminho a desenvolver nessa matéria.

As infra-estruturas são uma realidade que vai além do que está na legislação, que devemos preservar e identificar, pois por estas passa a própria sobrevivência do estado, disse. “O último reduto da protecção da nossa individualidade continua a ser o Estado e devemos ter o máximo de cuidado para preservar e manter as instituições que podem contribuir para a manutenção e subsistência do Estado”.

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