Nauta | Carlos Dias: ”O limite é a imaginação”

Controlo de Acessos Notícias Videovigilância

Porto, Lisboa e Vilamoura foram as paragens escolhidas pela Nauta para a realização do roadshow Hikvision, focado na apresentação das novidades da marca a nível europeu. À margem do evento, Carlos Dias, director-geral da Nauta, avançou ontem à Security Magazine que a iniciativa decorre “muito acima das expectativas”.

Com uma expectativa inicial de 140 registos, a empresa foi forçada a fechar aos 250. “Queríamos ter salas, em vez de grandes pavilhões, de forma a permitir uma fácil partilha de conhecimento e fomentar a proximidade entre os participantes”, justifica.

Além das cidades do Porto e Lisboa, a Nauta decidiu arriscar com a realização do evento no Algarve, acção que decorre amanhã. O responsável acredita que “o Algarve é um pouco esquecido” e que “não é um mercado de apenas e só turismo”. Ainda assim, sublinha a importância do turismo, como sendo uma “área muito importante”. Como esclarece, “o turismo está a crescer, acima de tudo o turismo com qualidade, o que exige medidas de segurança muito concretas e necessárias”. Com uma relação próxima dos grandes operadores, destaca o elevado grau de exigência dos mesmos em questões de segurança. Além disso, acrescenta que a empresa pretende “ajudar o mercado vertical do Algarve, ou seja, a hotelaria, restauração e entretenimento, mas também os empresários do ramo da segurança”.

Quanto à receptividade a este tipo de eventos, considera que os empresários estão “muito receptivos”. Fugindo de uma abordagem focada na venda, a Nauta “convida actores mundiais a juntarem-se a estas iniciativas, como é o caso da Hikvision, número um mundial, com uma grande quota de mercado”. Como refere, “sabemos o quão bons são no desenvolvimento de novas soluções, nem todas aplicáveis em Portugal devido à nossa legislação restritiva – muito bem aplicada -, mas que podem optimizar uma série de outras soluções que já existem, sem necessidade de grandes investimentos”. Os clientes que participam do roadshow “podem optimizar soluções que já possuem, nomeadamente com software, analíticas ou hibridização, onde iremos misturar uma série de factores, ou seja, intrusão, controlo de acessos, videovigilância com vídeo porteiro, numa única app”.

Quanto à evolução do mercado ao longo dos anos, acredita que, actualmente, “muitos fabricantes olham para o mercado e a partir daí desenvolvem o produto, o que não acontecia no passado. Esta nova geração de empresas percebe as necessidades dos clientes e aplica produto nesse sentido”. Prova disso são os produtos disponibilizados pela Hikvision nesta iniciativa, “tecnologia de ponta que estará toda disponível no mercado nacional até ao final do ano”.

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Adaptação ao mercado

Com 26 anos de actividade, Carlos Dias destaca o facto de a Nauta ser “clara líder de mercado há uma série de anos, graças aos nossos clientes e fabricantes”. Actualmente acredita que “há maior procura por soluções de topo, ou seja, passamos a ter sistemas de segurança que podem, por exemplo, contabilizar o número de pessoas, o género ou idade e, através dessa informação, aplicar técnicas de marketing e, a partir daí, entramos no mundo da IoT”. Assustador? Para Carlos Dias este é um cenário “fascinante”, até porque, justifica, “podemos optimizar a oferta e as marcas passam a comunicar claramente para o seu target”.

Para o responsável, “o limite é a imaginação, o que torna tudo fabuloso”. “Se olharmos para o mundo há 10 anos, ninguém imaginaria que andaria com um telemóvel que serviria para tudo menos para telefonar”, comenta. Diz não saber o que o futuro nos reserva mas acredita que “vai ser muito bom”.

Quanto à Nauta, garante que a empresa continuará a adaptar-se às mudanças e exigências do mercado. Prova disso é o departamento de investigação e desenvolvimento da empresa, “único no país”, através do qual a Nauta tem recebido diversos prémios internacionais. O responsável destaca a colaboração com a Universidade de Aveiro, IPAM e outras instituições no desenvolvimento de software de integração “único a nível mundial”. Como aponta, “a Nauta quer estar sempre na vanguarda”, e, diz, “é nossa inquietação permanente estar, constantemente, à procura do que os millenials querem”.

Carlos Dias dá nota positiva à entrada de novos jovens no mercado. “Finalmente está a haver uma revolução em termos etários e de conhecimentos (…) as novas gerações estão a puxar-nos para a frente”. A empresa tem investido muito nos jovens, sendo o departamento de investigação e desenvolvimento disso exemplo. “ São todos recém-mestrados e têm uma sensibilidade completamente distinta de uma geração dos anos 80, por exemplo”.

Nesta matéria, também as universidades, fruto, em parte, da crise recente, aproximaram-se das empresas. “Passou a existir uma nova geração de docentes, orientados para o desempenho e captação de alunos”. Carlos Dias deixa uma nota às Universidades de Aveiro, Lisboa, Coimbra, Braga e Porto, referindo que “têm tido um papel fantástico”.

Criada em 1992, a Nauta conta com escritórios em Aveiro, Oeiras, Espanha, Cabo Verde, Brasil e, desde esta semana, no Reino Unido.