A Securitas Direct lançou no mercado nacional o alarme ZeroVision, um sistema que impede a visão através da propagação de uma cortina de fumo. O desenvolvimento do novo sistema contemplou um investimento de seis milhões de euros por parte da empresa. Juan Antonio del Rio, director-geral da Securitas Direct Portugal, adianta à Security Magazine, que “este sistema permite uma mudança total das regras do jogo”. O responsável salienta ainda que a estratégia da empresa para o mercado nacional passa pela entrada noutras áreas da segurança, nomeadamente a protecção sénior.
Actualmente a Securitas Direct emprega 750 pessoas em Portugal, 100 das quais integram a Central Receptora de Alarmes, e gere 800.000 dispositivos conectados à rede.
Security Magazine – O que é o alarme Zero Vision e o que traz de novo ao mercado nacional?
Juan Antonio del Rio – A Securitas Direct tem apostado continuamente no desenvolvimento de tecnologias de última geração que ofereçam ao mercado soluções de segurança eficazes, inteligentes e seguras, e que permitam melhorar a experiência dos nossos clientes. A inovação é a essência da nossa empresa e faz parte da nossa cultura.
Foi com esta visão de futuro que desenvolvemos e criámos o alarme ZeroVision, o único no mercado capaz de maximizar o impedimento de um roubo. A grande vantagem é que o sistema gera através da propagação de uma cortina de fumo uma situação de visibilidade nula em caso de intrusão, impedindo os intrusos de ver e forçando-os a abandonar as instalações de imediato. É, portanto, o único alarme no mercado que tenta impedir fisicamente um roubo.
Acreditamos que numa situação de possível intrusão, cada segundo conta, e por isso é essencial detetar o intruso e intervir o mais rápido possível. Em termos práticos, assim que a nossa Central Recetora de Alarmes verifica que há uma situação de perigo ou um caso real de intrusão, o alarme ZeroVision é activado remotamente, gerando de imediato uma cortina de fumo que expulsa ao intruso ao mesmo tempo que notifica as autoridades.
O nosso claim para o ZeroVision é o de que não se pode roubar aquilo que não se vê.
A tecnologia já está disponível noutros países europeus há cerca de dois anos. A que se deve ter chegado apenas agora ao mercado português?
A Securitas Direct Portugal faz parte de um grupo internacional, e por isso é natural que o lançamento de novos produtos seja feito de forma faseado. Depois de um período de cerca de dois anos em que pudemos testar a efectividade do produto, decidimos que seria a altura ideal para lançar o ZeroVision em Portugal.
A Securitas Direct avança com um investimento de 6 milhões de euros nesta tecnologia. O que contempla este investimento? Será um investimento a realizar ou está totalmente concluído?
A Securitas Direct está firmemente comprometida com a inovação, para oferecer aos nossos clientes o melhor serviço e a melhor proteção. Além disso, temos a grande vantagem competitiva de que todos os nossos produtos são projetados internamente pela nossa equipa de engenheiros, que trabalham no desenvolvimento deste produto há mais de dois anos. Para o lançamento do ZeroVision, a empresa investiu um total de cerca de 6 milhões de euros, outro exemplo do nosso firme compromisso de continuar a inovar e consolidar a nossa posição de liderança no mercado.
Quais são os principais destinatários desta tecnologia (clientes)?
Dado que os estabelecimentos comerciais são os que mais frequentemente sofrem tentativas de intrusão, e onde o espaço de tempo para atuar é mais reduzido, acreditamos que esta solução vai beneficiar em primeiro lugar os clientes comerciais.
No entanto, é também uma opção viável para clientes particulares que pretendam proteger espaços com bens de alto valor (como garagens), ou casas grandes que querem proteger os principais pontos de acesso para que, no caso de um assalto noturno em casa, os intrusos sejam forçados a sair imediatamente.
Relativamente às mais-valias desta tecnologia, após a sua implementação, quais os principais ganhos do ponto de vista da segurança?
Este sistema permite uma mudança total das regras do jogo. Pela primeira vez, somos capazes de agir de forma imediata e proactiva sem necessidade de aguardar pela chegada das forças de segurança. Convém destacar novamente que o ZeroVision é o único alarme que tenta impedir fisicamente o roubo, o que não acontece com os restantes alarmes tradicionais. Estes elementos permitem aumentar ainda mais a proteção que damos aos nossos clientes.
Face a outros produtos semelhantes, que aspetos diferenciam o Zero Vision dos seus concorrentes?
Actualmente, o alarme Zero Vision é um produto único e exclusivo da Securitas Direct, não há outra solução no mercado com estas características: conectado a uma Central Recetora, homologado e aprovado por diversos laboratórios e entidades reguladoras externas, de acordo com a normativa de Segurança Privada. Além disso, é acessível, fácil de instalar, sem fios e, acima de tudo e mais importante, tremendamente eficaz.
Existem pouquíssimas soluções de segurança no mercado projetadas para impedir a visão dos possíveis intrusos e aquelas que existem possuem uma tecnologia muito menos desenvolvida: não estão conectadas a uma central de alarmes, e a instalação é bastante complexa, o que acarreta elevados custos, tornando-a apenas acessível a empresas que pretendam fazer um avultado investimento.
Qual o custo deste tipo de tecnologia para os clientes?
Não existe um preço fixo para a instalação do alarme. Antes da instalação é necessário realizar um estudo preliminar para cada caso específico para avaliar o tipo de dispositivos que serão necessários. De qualquer forma, e como todos os serviços Securitas Direct e dentro do nosso propósito firme de democratizar o setor de Segurança, a instalação deste serviço é muito fácil e o preço é bastante competitivo.
Já existem projectos implementados com recurso a esta tecnologia no mercado português?
Não. De momento não existe no mercado nenhum projecto ou produto parecido com esta tecnologia, uma vez que é um serviço exclusivo do grupo Verisure Securitas Direct.
Por onde passa o crescimento e estratégia da Securitas Direct em Portugal?
Temos uma estratégia bem delineada e que passa por um crescimento orgânico no mercado português. Por um lado, queremos continuar a adicionar novas propostas de valor que possam aumentar o conforto dos nossos clientes em casa (como é o caso no nosso Alarme Sentinel), por outro lado, queremos continuar a aumentar a nossa presença no mercado. Esta estratégia será também suportada pela nossa entrada em outras áreas da segurança, como por exemplo a Protecção Sénior, onde pretendemos ter uma forte presença.
Em termos de estrutura, como está organizada a Securitas Direct em Portugal? Quantos colaboradores possui neste mercado? Onde estão localizados? Estão previstas alterações à vossa estrutura em Portugal?
Na Securitas Direct Portugal contamos, actualmente, com 750 colaboradores. Estamos distribuídos por todo o país, incluindo as ilhas. A nossa previsão aponta para um crescimento continuado e para a abertura de mais delegações por todo o país.
[Entrevista realizada por escrito]
