Já pensou em preparar-se para o pós-pandemia? Pense que este é o momento de dedicar a atenção a si mesmo, refletir em relação aos seus objetivos e sobre o que o faz sentir-se feliz e viver mais leve.
Como vai ser bom quando tiver a liberdade para sair e divertir-se, encontrar a família e amigos, poder abraçar e beijar!!
Com toda a cautela, se fizermos um resgate ao passado e olharmos para a gripe espanhola, por exemplo, percebemos hoje os seus efeitos e as lições que podem ser tiradas com o fim da pandemia da Covid-19. As dificuldades podem produzir soluções tecnológicas e sociais para um mundo melhor.
A gripe espanhola causou entre 50 milhões e 100 milhões de mortes no mundo, estimam especialistas. Mas, as subnotificações e a precariedade estatística da época tornam os números muito frágeis. Naquela época, entre 1918 e 1920, período pós Primeira Guerra, não se sabia a causa das mortes. Não existia recursos científicos e medicinais como hoje, o vírus só foi descoberto em 1933.
No caso do SARS-Cov-2, foi identificado pouco tempo depois das primeiras infecções, e atualmente com a evolução da ciência e da medicina, vacinas e medicamentos estão a ser intensivamente estudados.
Com a necessidade do isolamento social, os nossos padrões de comportamento e de pensamentos estão a ser desafiados. Algumas das mudanças serão temporárias, possivelmente, mas outras ficarão no nosso estilo de vida à medida que tentamos superar as novas ameaças da nossa época.
A sociedade pode ficar mais aberta às mudanças e com mais vontade de viver e aproveitar a vida! Crises provocam não somente medo e ressentimento, mas também trazem impulsos positivos e soluções criativas.
Ainda não sabemos como o mundo mudará depois da covid-19. Mesmo assim, podemos contribuir para deixá-lo melhor.
Perceber que a crise pode trazer coisas boas, com o chamado “reiniciar da humanidade” o mundo desacelerou, puxamos o travão. O ritmo estava frenético, correria para tudo, sem tempo para nada. Os oceanos e os rios ficaram mais limpos, a poluição e o trânsito diminuiram, surgiu um novo modelo de trabalho para uma melhor qualidade de vida.
Numa reunião virtual do Fórum Económico Mundial (FEM), líderes globais das Nações Unidas, Reino Unido, Estados Unidos, Fundo Monetário Internacional (FMI) e corporações multinacionais discutirão e anunciarão um plano para reiniciar toda humanidade incluindo a economia mundial. Todos os países devem participar, o plano é conhecido como “O Grande Reinício” ou, em inglês, The Great Reset.
O plano inclui assegurar um futuro resiliente, igualitário e sustentável e evocam para tanto, “um novo contrato social” com respeito racial, preservação ambiental e contenção das mudanças climáticas, que em várias ocasiões foi identificada como a próxima grande “crise” do mundo.
Artistas atuais também estão a lidar intensamente com o tema. Museus já estão a reunir fotografias e objetos quotidianos para documentar o atual estado de emergência para gerações futuras.
Precisamos extrair do maior mal, o melhor bem possível! Valorizar a vida é o mais importante!
Sem dúvida que existe um prejuízo emocional, social e económico, mas não chegaremos a nenhuma saída e solução se nos agarrarmos à lamúria e reclamações a todo o tempo. Faz parte do processo de desenvolvimento humano, perceber que o sofrimento nos faz refletir que algo precisa mudar.
E se tivermos aprendido as lições ensinadas pela história, veremos que da tragédia humana poderão surgir mudanças sociais, políticas e intelectuais altamente benéficas. A ação humana é quase sempre determinada, não pela razão, mas sim pela vontade.
Se está a passar por alguma dificuldade ou se sente angustiado, procure ajuda de um profissional. Falar a respeito do que sente é o melhor remédio para aliviar a dor, resolver os seus problemas e superar os desafios.
Dra. Glaucia Freitas, é psicóloga clínica e coach, realiza consultas online e presencial na Clínica Learn2Be
Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos – Cédula Profissional n• 22648
