Check Point deixa alerta para cibersegurança de telemóveis, smart TVs, computadores e brinquedos

Cibersegurança e InfoSec

Estima-se que haja mais de 22 mil milhões de dispositivos conectados a redes Wi-Fi domésticas em todo o mundo e estudos sugerem que este número alcance os 38.6 mil milhões em 2025. Se por um lado oferece inúmeros benefícios, a híper conectividade contribui da mesma forma para um maior número de pontos de ataque suscetíveis a ser explorados por intrusos invisíveis. O alerta é dado pela Check Point, empresa de cibersegurança global.

“Telemóveis, Smart TVs, computadores e brinquedos são apenas alguns dos dispositivos que tendem a ser atingidos. O número de produtos que incluem uma câmara ou microfone cresce a cada dia que passa, o que pode tornar-se um problema se estiverem conectados à internet, sem dispor das devidas medidas de segurança,” começa por dizer Rui Duro, Country Manager da Check Point Portugal. “Tendo em conta as actuais restrições e a quantidade de pessoas em teletrabalho, não nos surpreende que os cibercrimininosos se estejam a focar nas potenciais falhas de segurança presentes nestes dispositivos, com o objectivo de extrair informações pessoais” termina o responsável.

“Os inúmeros dispositivos que hoje se conectam à internet facilitam as nossas vidas, sem dúvida. Mas muitas vezes desconhecemos as permissões de acesso que damos a estas ferramentas, não temos consciência das potenciais vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos. Pensando apenas na questão da privacidade, o número de dispositivos electrónicos com webcam ou microfone cresceu significativamente nos últimos anos, desde smartphones aos tablets, Smart TVs, consolas de jogos e até os brinquedos mais tradicionais” acrescenta Rui Duro.

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Entre os dispositivos mais atingidos por cibercriminosos, incluem-se:

  • Televisões. A maior parte das televisões do mercado não só se conectam à internet, como incorporam uma câmara ou microfone para que os utilizadores possam fazer videochamadas através do seu televisor. Muitos modelos contam ainda com controlos de voz. “É importante relembrar que estes dispositivos conseguem ouvir e ver tudo o que se passa na divisão em que estão, o que significa que o que parece ser um objecto inocente pode ser utilizado como ponto de entrada e visibilidade de um atacante para a sua casa”.
  • Computadores. Computadores e portáteis podem armazenar uma quantidade infinita de dados, quer pessoais, quer corporativos, o que, só por si, é já muito atractivo para ciberatacantes. Ambos têm funcionalidades de câmara e microfone que podem ser utilizadas por terceiros para espiar indivíduos e/ou obter ganhos financeiros.
  • Brinquedos. Grande parte dos brinquedos vendidos “são equipamentos eletrónicos, como drones, robots, aviões de controlo remoto, consolas de jogos”. Todos habilitados à conexão com internet. “Mesmo produtos mais tradicionais, como bonecos ou peluches, foram actualizados e fomentam a instalação de apps para obter mais funcionalidades, o que pode representar um risco para a privacidade das crianças”. 
  • Eletrodomésticos. Muitos dos nossos eletrodomésticos smart têm a capacidade de trabalhar por nós quando não estamos em casa. Em 2019, um robot de cozinha muito famoso incorporava, “como se veio a descobrir mais tarde, um microfone que gravava as conversas dos compradores. Infelizmente, não é caso único”. Recentemente, “descobriu-se que a mais conhecida marca de aspiradores smart extraía informação a cada utilização”.