Consórcio português desenvolve projecto para monitorizar sinais vitais por wireless

Notícias Saúde

Chama-se CoViS – Contactless Vital Signs Monitoring in Nursing Homes using a Multimodal Approach e está a ser desenvolvido pela Wavecom, num consórcio com o Instituto de Telecomunicações de Aveiro, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, com o apoio do Compete 2020.

Segundo a informação divulgada pelo Compete 2020, “perante o contexto pandémico que vivemos atualmente com o COVID-19, surge uma necessidade de monitorização, em tempo real, das condições de saúde de grupos de risco, como os idosos”.

De modo a “tentar controlar e prevenir a propagação do vírus, a monitorização dos sinais vitais, como a temperatura corporal e frequências cardio-respiratórias são essenciais para uma deteccção e previsão precoce da doença COVID-19”.  

Assim, nasce o projeto COVIS cujo objectivo “é desenvolver e estudar um sistema low cost e contactless capaz de monitorizar sinais vitais e obter informações acerca do meio ambiente, permitindo aos profissionais de saúde ter acesso remoto a informação sobre o paciente em tempo real e com possibilidade de receber alertas caso exista alguma alteração extraordinária nos sinais vitais do paciente”. 

Este dispositivo contará com diversos sensores para a medição dos vários parâmetros pretendidos. Começando com um Rádio Definido por Software (RDS) “capaz de medir sinais cardio-respiratórios sem contacto através de técnicas baseadas em radar, uma câmara térmica de infra-vermelhos para a medição corporal do paciente, um sensor de temperatura e humidade, e por último, um sensor de qualidade do ar que permitirá a medição de dióxido de carbono e compostos orgânicos voláteis”. 

O sistema contará “com uma unidade de processamento responsável por adquirir e processar todos estes dados”. Nesta unidade irá correr algoritmos de machine learning que “permitirão filtrar e qualificar toda esta informação, de modo a reduzir erros de leituras”.

Deste modo, o utilizador final terá acesso, numa aplicação web, a informações mais fiáveis o que permitirá um diagnóstico mais eficiente.  

Segundo o Compete 2020, o projecto COVIS foi iniciado a 15 de Outubro de 2020 com uma duração de nove meses e está dividido em seis atividades: 

● Actividade 1 – Estado da arte e selecção de tecnologia

● Actividade 2 – Especificação e desenho de um dispositivo IoT de baixo custo para monitorização em tempo real de sinais vitais e monitorização de qualidade do ar e conforto em lares

● Actividade 3 – Desenho do algoritmo para agregação de dados com base em fontes multimodais (radar Doppler, imagem térmica por IR, monitorização ambiental)

● Actividade 4 – Integração e validação do protótipo

● Actividade 5 – Demonstrador

● Atividade 6 – Gestão Técnica do Projecto 

Actualmente encontra-se terminada a Actividade 1, durante a qual foi feito um levantamento das tecnologias existentes e quais as tecnologias que melhor se enquadram no contexto do projecto. Encontram-se em desenvolvimento as actividades 2 e 3, nas quais está a ser desenvolvido o hardware e sistema cloud necessários para a concretização dos objectivos do projeto.  

Consórcio O consórcio do projeto COVIS é composto por quatro parceiros: Wavecom, Instituto de Telecomunicações – Aveiro, Instituto Politécnico de Viana do Castelo e Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.  

Cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, na vertente em co-promoção (Covid-19), o projecto COVIS envolveu um investimento elegível de 379 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 308 mil euros.

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