Estudo foca preocupação de portugueses com ciberataques

Cibersegurança e InfoSec Notícias

Um estudo desenvolvido pela Sophos, empresa de cibersegurança, indica que 46% dos inquiridos não demonstra preocupação em relação à sua vulnerabilidade a cibeataques. Além disso, indica que 28% dos portugueses sofreram um incidente de cibersegurança no último ano e 78% nunca receberam qualquer tipo de formação neste sentido. O estudo contou com a participação de 1000 portugueses.

“Apenas cerca de 1 em cada 5 portugueses recebeu formação numa das áreas mais prementes da atualidade; este número é excecionalmente baixo para a altura em que vivemos,” comenta Chet Wisnieski. “A formação regular e a sensibilização constante da população são fatores que podem contribuir muitíssimo para a prevenção de incidentes de cibersegurança, pelo que instamos todas as empresas a que implementem programas de formação com a maior rapidez possível, para contrariar esta tendência.”

Embora com pouca formação, a maioria dos inquiridos (74%) acredita ter um nível médio de conhecimento sobre cibersegurança – e este número é, uma vez mais, superior entre o sexo masculino.

A adopção de hábitos de cibersegurança é também já parte integrante da vida dos portugueses, que indicam realizar entre cinco e nove práticas de cibersegurança de forma quotidiana, incluindo a utilização de antivírus (62%), a definição de passwords fortes e diferentes entre si (61%), a autenticação de dois fatores (51%) e ferramentas de filtro de email e anti-spam (49%), entre outros.

“Para a Sophos, o facto de apenas 62% dos portugueses utilizar antivírus não é positivo; esta medida é bastante básica e conhecida e o número deveria ser muito mais próximo dos 100%,” explica Chet Wisniewski. 

“No entanto, as percentagens relativas à definição de passwords fortes e diferentes entre si (61%) e à autenticação de dois fatores (51%) já nos parecem bastante interessantes”.

 A grande maioria dos portugueses (90%) utiliza algum tipo de serviço de segurança no seu telemóvel, entre antivírus, aplicações para limpeza de ficheiros ou sistemas de bloqueio de segurança. Uma grande parte (78%) também diz ter atenção ao conteúdo que descarrega para o telemóvel, principalmente no que toca ao download de aplicações apenas de sites oficiais e fiáveis.

“Vivemos um importante momento no que toca à cibersegurança. Os atacantes aumentam a complexidade e o alcance dos seus ataques e os custos para resolver uma possível vulnerabilidade são cada vez mais elevados. Ao mesmo tempo, as empresas que aprendem a defender-se e se munem das tarefas necessárias para tal, detendo os ataques antes de estes acontecerem, sairão vencedoras,” comenta Ricardo Maté, Director General South EMEA da Sophos

“Apresentamos um crescimento anual de 24% na Zona Ibérica, um número muito positivo, e o nosso objectivo é continuar a crescer nesta região. O estudo que realizámos é muito importante, na medida em que nos auxilia a perceber o estado do mercado em Portugal e a continuar a trabalhar de forma eficiente para o servir.”

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