Bosch: “Soluções que não garantam confidencialidade, desempenho, durabilidade e segurança por design serão insustentáveis”

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“As soluções que não garantam a confidencialidade, desempenho, durabilidade e segurança por design serão insustentáveis no curto e médio prazo” avança à Security Magazine Norberto Barroca, director de vendas em Portugal para a área de Building Technologies da Bosch. O responsável destaca que “a área de negócio de videovigilância para a Bosch no ano de 2021 teve crescimentos acentuados acima dos dois dígitos e superou as nossas melhores expectativas”. Como refere, o facto de “termos uma fábrica de videovigilância em Portugal, numa situação mundial em que as cadeias de abastecimento, nomeadamente de “chips”, têm provocado sérios constrangimentos na entrega dos produtos aos clientes finais, tem permitido sermos mais ágeis do que a nossa concorrência”.

Security Magazine – Como avaliam o ano de 2021 e 2022 no mercado da videovigilância? Vai ao encontro das vossas expectativas?

Norberto Barroca – A previsão é de que o mercado nacional deverá crescer a um ritmo de 3% até ao ano de 2025, bastante abaixo do crescimento mundial. Não obstante, a área de negócio de videovigilância para a Bosch no ano de 2021 teve crescimentos acentuados acima dos dois dígitos e superou as nossas melhores expectativas. Relativamente a 2022 continuamos com ritmos de crescimento elevados e bastante acima da média de mercado, com uma carteira bastante sólida de projectos a finalizar ainda este ano.

De uma forma geral, como avaliam o mercado português de videovigilância? (ex. principais sectores de atividade, exigências, crescimento, produtos mais procurados, concorrência, etc.)?

O mercado português de videovigilância está segmentado em três grandes áreas: soluções específicas para verticais – Indústria, Infraestruturas Críticas e Retalho; soluções AIoT com analítica de vídeo, e câmaras IP com alta resolução. Nestes segmentos de mercado, as soluções AIoT com analítica de vídeo são claramente aquelas que têm actualmente uma maior procura e onde a Bosch é líder de mercado.

Na vossa opinião, na hora de escolherem um novo produto, quais os critérios mais valorizados pelos vossos clientes?

Os clientes na hora de escolher um determinado produto valorizam essencialmente três aspectos: o suporte e acompanhamento dado pelo fabricante, a fiabilidade e a robustez e o local de produção dos equipamentos.

O facto de termos uma fábrica de videovigilância em Portugal, numa situação mundial em que as cadeias de abastecimento, nomeadamente de “chips” têm provocado sérios constrangimentos na entrega dos produtos aos clientes finais, tem permitido sermos mais ágeis do que a nossa concorrência.

Além dos aspectos já mencionados, um novo requisito cada vez mais em voga pelos clientes finais é a introdução de mecanismos que permitem elevadíssimos nível de protecção contra os ciberataques. A Bosch tem soluções altamente confiáveis de segurança cibernética e dados projectando todas as soluções de vídeo AIoT para atender às necessidades dos clientes agora e no futuro.

As soluções que não garantam a confidencialidade, desempenho, durabilidade e segurança por design serão insustentáveis no curto e médio prazo, dado que estes dispositivos podem ser controlados remotamente e no caso da videovigilância os cibercriminosos vendem o acesso às câmaras de vigilância. Um estudo da Cyfirma indica que mais de 80 mil câmaras de vigilância de um único fabricante foram expostas a ciberataques com uma criticidade de 9.8 em 10.

Que tendências identifica neste segmento da videovigilância em Portugal e no mundo?

A introdução de novas tecnologias e sistemas altamente avançados de inteligência artificial abrem um novo leque de oportunidades que até então não existia.

As tendências do sector para os próximos anos assentam em soluções avançadas de inteligência artificial onde alguns sistemas serão já capazes de prever alguns tipos de acontecimentos, este tipo de tecnologia tem o nome de analítica preditiva.

Por outro lado, com o avanço tecnológico do hardware (HW) e da conectividade existe uma tendência para o aparecimento de soluções na cloud e a remoção equipamentos físicos das instalações dos clientes.

Uma das soluções que mais tem crescido neste sector é a gravação do vídeo e dos metadados na cloud, em detrimento de soluções de gravação local que muitas vezes se traduzem em elevados custos de manutenção e sem qualquer tipo de redundância. 

Que novidades apresentaram recentemente no mercado nacional de videovigilância e que outras novidades estão previstas para breve?

A Bosch apresentou recentemente ao mercado nacional uma nova série de produtos. Podemos, por exemplo, destacar o lançamento das novas câmaras móveis MIC e AUTODOME inteox 7100i OC disponíveis nas versões 1080p e 8MP, que para além de permitirem a instalação de Apps para detecção de fumo e fogo, detecção de inundações, utilização de EPIs e muitas outras, também não necessitam de calibração adicional para obtenção de metadados de analítica.

Nas próximas semanas iremos apresentar ao mercado as novas câmaras DINION 7000i IR disponíveis nas versões 1080p, 4MP e 8MP que permitem distâncias de IRs superiores a 120m. Finalmente, muito em breve, iremos introduzir a nossa solução de gravação na cloud com filtragem inteligente de eventos que possibilita uma rápida pesquisa de incidentes em tempo real.

A vantagem da utilização da solução da Bosch é que não é necessário nenhum hardware adicional para além das câmaras para a realização de gravação contínua na cloud, o que reduz drasticamente os custos em termos de equipamentos e manutenção para o cliente final.

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