À medida que a economia digital cresce, a criminalidade digital cresce com ela. O aumento do número de interacções online e móveis está a criar milhões de oportunidades de ataque. Muitas levam a violações de dados que ameaçam tanto as pessoas como as empresas. Ao ritmo actual de crescimento, os danos dos ciberataques ascenderão a cerca de 10,5 biliões de dólares anuais até 2025 – um aumento de 300 por cento em relação aos níveis de 2015, indica um estudo da McKinsey.
Face a este ataque cibernético, organizações em todo o mundo gastaram cerca de 150 mil milhões de dólares em 2021 em segurança cibernética, crescendo 12,4% ao ano.
Contudo, face à dimensão do problema, mesmo este “despertar da segurança” é provavelmente insuficiente. Um inquérito a 4.000 empresas de média dimensão sugere que os volumes de ameaças quase duplicarão de 2021 para 2022.
De acordo com o inquérito, quase 80 por cento dos grupos de ameaças observadas a operar em 2021, e mais de 40 por cento do malware observado, nunca tinham sido vistos anteriormente. Estas dinâmicas apontam para um potencial significativo num mercado em evolução.
As soluções comerciais actualmente disponíveis não satisfazem plenamente as exigências dos clientes em termos de automatização, preços, serviços e outras capacidades, diz a McKinsey.
Como resultado, o fosso actualmente existente entre o mercado de vendors de 150 mil milhões de dólares e um mercado totalmente explorável é enorme. Com aproximadamente 10 por cento de penetração de soluções de segurança hoje em dia, a oportunidade total ascende a um espantoso mercado de $1,5 biliões a $2,0 biliões de dólares.
Isto não implica que o mercado atinja tal dimensão em breve (a taxa de crescimento actual é de 12,4% ao ano, fora de uma base de aproximadamente 150 mil milhões de dólares em 2021), mas sim que exige que fornecedores e investidores “desbloqueiem” mais impacto junto dos clientes, satisfazendo melhor as necessidades dos segmentos mal servidos, melhorando continuamente a tecnologia, e reduzindo a complexidade – e o actual clima de compradores pode representar um momento único no tempo para a inovação na indústria da cibersegurança.
A subpenetração de produtos e serviços de cibersegurança é, à primeira vista, o resultado da adopção de produtos e serviços de cibersegurança por organizações – o que sugere que os orçamentos de muitos, se não a maioria, dos principais responsáveis pela segurança da informação (CISOs) estão subfinanciados. Os fornecedores de cibersegurança devem enfrentar o desafio, modernizando as suas capacidades e repensando as suas estratégias de colocação no mercado.
Para maximizar a oportunidade, os fornecedores devem controlar os factores que moldam o mercado, os segmentos mais susceptíveis de crescer, e os serviços de que os clientes necessitam. Aqui a Mckinsey estabelece quatro áreas susceptíveis de serem o foco de tais discussões: tecnologias de nuvem, mecanismos de preços, inteligência artificial, e serviços geridos (particularmente no meio do mercado). Com um planeamento estratégico nestas áreas, e uma abordagem robusta à implementação, os fornecedores de cibersegurança podem tornar-se mais competitivos e obter uma “fatia da tarte” de 2 biliões de dólares.
