Livro: “Furtos em Residências: No Submundo do Crime” é apresentado amanhã

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“Furtos em Residências” apresenta dados sobre esta realidade pouco explorada, facultando uma melhor compreensão do tema, com vista à sua prevenção.

O autor, major da GNR, fornece ferramentas aos colegas de profissão, bem como aos estudantes de investigação policial e a todos os técnicos que lidam de perto com este panorama, divulgando informações inéditas, baseadas em entrevistas a cerca de 50 reclusos.

A obra será apresentada no dia 27 de Setembro, às 18:15, no Auditório General Morais Sarmento da Academia Militar na Amadora.

A criminalidade contra o património representa mais de metade do registo criminal total em Portugal e o furto em residência é um subtipo dessa criminalidade patrimonial. De acordo com o relatório anual de Segurança Interna, foram registados 8 420 furtos em residências portuguesas no ano de 2021, dados que, confrontados com os apenas 4% de casas equipadas com sistemas anti-roubos, evidenciam a gravidade do problema.

Embora comum, este tipo de criminalidade destaca-se pela falta de investigação e estudos académicos sobre o tema. Por essa razão, Tiago Gonçalves Silva, Major da GNR e a editora PACTOR uniram-se para desenvolver o livro “Furtos em Residências”, que conta também com o prefácio de José Fontes, Professor Catedrático da Academia Militar.

Este livro surge após três anos de entrevistas a reclusos a cumprir pena por furtos em residências e guia os leitores pela mente dos criminosos, que frequentemente possuem um conhecimento do submundo do crime desconhecido pelos polícias. Sendo este tipo de delinquência um dos mais complexos de investigar, a divulgação do modus operandi e das motivações do crime permitem a ampliação do estudo sobre a temática, garantindo uma prevenção mais eficaz e facilitando as investigações policiais.

“Após muitos anos de estudo e investigação sobre o crime em geral, a realização de entrevistas semiabertas aos reclusos que cumprem pena de prisão por, pelo menos, furtos em residência (tipificado na lei penal por “furto qualificado”) permitiu-me “entrar” na mente (duma maioria) de jovens que decidiram seguir o caminho do crime enquanto modo de vida. Alguns deles, passados alguns anos, tornaram-se mestres na intrusão em residências…”