Portugal recebe fórum europeu para a redução do risco de catástrofes em 2021

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O próximo fórum europeu para a redução do risco de catástrofes, promovido pelo Gabinete das Nações Unidas para a redução do risco de catástrofes, pela Comissão Europeia e pelo Conselho da Europa, vai realizar-se em Portugal, no segundo semestre de 2021.

O anúncio foi feito pelo Secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves, durante o fórum  em Genebra, na Suíça.  Matosinhos será a cidade que vai acolher o evento.

O fórum europeu para a redução de risco de catástrofes é uma plataforma regional de discussão para a implementação de medidas neste domínio, que envolve 55 países da Europa e da Ásia Central, no âmbito da Estratégia Internacional para a Redução de Catástrofes

Durante o fórum que decorreu este ano em Genebra, o Secretário de Estado da Protecção Civil realçou a prioridade nacional que é dada à prevenção e gestão de riscos, como eixo estrutural para a sustentabilidade dos territórios.

“Temos vindo a desenvolver instrumentos e documentos estratégicos para a valorização do território. A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil tem vindo a ser fortalecida com recursos para expandir sua intervenção nessa área, e o sistema de proteção civil tem vindo a ser cada vez mais profissionalizado, através de uma forte aposta no conhecimento, na especialização e na qualificação”, disse José Artur Neves.

A Estratégia Nacional para Redução do Risco de Catástrofes, para o período 2018-2020, define cinco metas estratégicas e mais de 100 objectivos operacionais, envolvendo as estruturas de nível nacional e local.

Por outro lado, a Plataforma Nacional criada em 2011 reúne mais de 70 entidades da administração central e local, do sector privado, das universidades e associações profissionais, envolvidas em actividades de promoção da resiliência e na redução do risco de desastres.

“Acreditamos que a escala local, como o nível mais próximo dos cidadãos, desempenha um papel fundamental na mobilização de comunidades e no fortalecimento do compromisso com a resiliência”, salientou o Secretário de Estado, dando como exemplo a campanha “Cidades Resilientes”.

“Através das cidades, dos seus líderes e das suas comunidades, recebemos todos os dias contributos fundamentais para a construção de comunidades mais seguras e sustentáveis”.

Outra boa prática apresentada no fórum foi o programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, que define medidas de autoprotecção para a população em caso de incêndio rural. O programa está neste momento a ser implementado em mais de 500 freguesias, 1859 aglomerados e em 120 concelhos do país. Foram já realizadas cerca de 500 acções de sensibilização, envolvendo perto de 20 mil pessoas.

Foi também evidenciado o novo sistema de aviso às populações em caso de emergência. Desde o ano passado que todas as operadoras de telecomunicações móveis estão envolvidas no sistema de envio de mensagens curtas com informações de carácter preventivo.

“Estamos cientes de que as alterações climáticas trazem novos desafios aos sistemas de protecção civil, mas se todos trabalharmos juntos, partilhando experiências, poderemos melhorar a prevenção e a resposta aos novos e mais frequentes riscos”, concluiu o Secretário de Estado da Protecção Civil.