COVID19 – riscos biológicos
O covid19 caracteriza-se por uma doença respiratória causado pelo novo coronavírus, que tem implicações nefastas no indivíduo, podendo causar infeções respiratórias num quadro clínico que vai desde uma simples constipação até uma infeção respiratória de alguma severidade como a pneumonia por exemplo. Alicerça-se nalgumas manifestações somáticas já conhecidas como dores peitorais, congestionamento nasal, febres altas e tosse seca. Porém alguns pacientes poderão ser assintomáticos ou seja, podem estar infetados mas efetivamente não apresentarem os sintomas de alerta acima referidos.
A cadeia de transmissão processa-se exponencialmente por contágio de proximidade. Pode ocorrer de pessoas infetadas e que não respeitaram as devidas distâncias de segurança (1,5 a 2 metros), por gotículas respiratórias como tosse, espirro ou secreções salivares e por contato com superfícies contaminadas, quer por secreções respiratórias (saliva, escarro), quer por secreções intestinais como as fezes. No caso de profissões onde há libertação de aerossóis, cujas partículas são inferiores a 5 micra, o risco de contágio é substancialmente maior, pois estas partículas em suspensão percorrem por exemplo em caso de tosse, 5 a 6 metros e de espirro de 7 a 8 metros.
Para tal os colaboradores (que não estão em regime de teletrabalho, e estes também devem pautar-se por algumas regras de segurança como o distanciamento) devem utilizar os seguintes equipamentos de proteção individual:
O uso de máscaras de proteção:
Poderão usar para proteção, face a esta estirpe biológica, preferencialmente, 2 tipos de máscaras: As conhecidas como máscaras cirúrgicas em polipropileno de 3 camadas que vão evitar que se o utilizador da máscara se estiver contaminado, não emita microrganismos para o meio envolvente, contaminando outros indivíduo, o qual fica no entanto recetivo a ser contaminado por terceiros.
Máscaras cirúrgicas
As máscaras que melhor se adequam para uma proteção mais eficaz na ordem dos 90%, são as máscaras FFP2 (Filtering Face Piece – nível 2) em polipropileno e espuma nasal sem latex. Estas têm as vantagens das máscaras cirúrgicas (proteção do meio ambiente) mas também criam uma barreira de proteção face aos microrganismos infeciosos exteriores.
Máscaras FFP2
A máscara não deve ter válvula exaladora uma vez que se o individuo estiver contaminado pode contaminar o seu homónimo. As máscaras FFP2 são muito interessantes para a proteção face a substâncias em suspensão como vapores, fumos, neblinas, aerossóis, tratamento de águas e saneamento básico, resíduos e trabalhos em aterros onde há proliferação de bactérias e fungos).
As máscaras poderão ter as seguintes letras: S que significa resistência a aerossóis à base de água e SL que significa a resistência de aerossóis à base de água e partículas oleosas.
O uso do fato de proteção:
O fato de trabalho (tipo “tyvek” ou macaco) deve cobrir todo o corpo incluindo a cabeça.
Estes fatos para este tipo de risco são na sua maioria da categoria III em polipropileno microporoso ou em polietileno de alta intensidade, o que significa que vão proteger contra os ricos biológicos, químicos, partículas físicas em suspensão e partículas radioativas.
O uso das luvas de proteção:
A maioria das luvas existentes no mercado que poderão ser utilizadas no manuseamento de operações com riscos químicos e biológicos são essencialmente (há mais) em latex (luvas muito confortáveis e que permitem uma boa destreza manual), em vinil que se utilizam na proteção contra riscos biológicos e químicos baixos. As luvas de latex e as de vinil são recomendadas para tarefas de curta duração e com uma frequência de mudança elevada, e em nitrilo que estão aptas para todas as utilizações com um elevado nível de exigência. Protegem o utilizador contra a contaminação por materiais infeciosos, particularmente os vírus, bactérias, sangue e fluidos corporais infetados. A proteção contra riscos químicos é baixa.
Tente não colocar os seus dedos diretamente no lado de dentro da sua máscara a não ser que tenha lavado convenientemente ou higienizando as suas mãos.
Se lhe apetecer beber água e/ou comer algo, retire totalmente a máscara segurando-a pelos elásticos e se puder pendure-a num cabide ou algo semelhante. Evite coloca-la em cima de uma superfície.
Se sentir que a parte inferior está húmida, substitua-a por outra (a não ser que a máscara seja R – reutilizável). Neste caso (R) dê uma borrifadela sobre a parte exterior à base de álcool e deixe passar uns 5 minutos antes de a voltar a utilizar.
O uso de óculos de proteção:
Os óculos de proteção que podem e devem ser combinados com o uso de máscara, são tipo panorâmico contra impactos químicos e sólidos (poeiras em suspensão) e anti embaciamento. Têm ventilação lateral. Podem ser usados por cima dos óculos normais
O uso de viseiras de proteção:
O uso de viseiras de proteção vai proteger o utilizador da projeção de poeiras, aerossóis, salpicos entre outros em toda a sua face. Como têm abertura lateral, devem ser sempre complementares com o uso de máscara de proteção. Estas viseiras em policarbonato são rebatíveis
Dito isto, ao colocar os epi’s ou retirá-los, por favor deverá seguir as instruções abaixo:
Utilização de EPI’s
Como deve COLOCAR o seu equipamento de proteção:
1º Primeiro que tudo devemos providenciar uma tela de cartão ou uma esteira e colocar no chão onde vamos vestir o fato de proteção para este não ficar logo à partida contaminado
2º Devemos higienizar as mãos com uma solução à base de álcool
3º Colocamos então o fato de proteção ou bata
4º Colocamos a máscara (pode ser FFP2 ou tipo cirúrgica) segurando-a pelos elásticos
5º Colocamos a proteção ocular
6º E por FIM, colocamos as LUVAS esterilizadas
Como deve REMOVER o seu equipamento de proteção:
Antes de tudo, comece por arranjar um saco plástico preto “lixo comum” onde vai colocando o equipamento Não reutilizável
1º Remova o fato ou a bata descartável
2º Remova as luvas
3º Higienize as suas mãos (solução de álcool)
4º Retire os óculos e guarde-os (lavando com sabão) para posterior utilização
5º Remova a sua máscara de proteção segurando-as pelos elásticos
6º Descarte todos os resíduos para um saco preto e feche-o dando-lhe um nó.
Ao retirar as luvas (procedimento 2), faça como a profissional de enfermagem abaixo explica:
Se seguir todos estes procedimentos, a probabilidade de uma contaminação direta ou indireta é manifestamente reduzida, e poderá fazer grande parte da sua atividade normal em segurança e saúde.
São esses os nossos sinceros votos.
Bem-haja e uma excelente caminhada na prevenção e na proteção.
Estamos todos juntos, mais do que nunca, para superarmos este período o mais depressa com qualidade e dignidade de vida!!! “Porque somos portugueses e somos Portugal”.
