IKEA optimiza sistemas AVAC com ajuda do INEGI e INESC TEC

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Enquadrado na sua estratégia de diminuição progressiva da sua pegada ecológica e de promoção da melhoria das condições de conforto térmico ocupacional para os colaboradores nas instalações em Paços de Ferreira, a IKEA Industry Portugal está a colaborar com o INEGI e o INESC TEC para desenvolver e implementar novas soluções para optimizar o funcionamento dos seus sistemas AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) das suas instalações industriais, divulgou esta semana o INEGI.

A resposta ao desafio do fabricante de mobiliário está em curso e envolve, “a par da identificação de medidas de optimização dos sistemas de climatização e ventilação, a identificação de medidas de eficiência energética, integração de energias renováveis, e o desenvolvimento de soluções avançadas de gestão de energia, contemplando algoritmos de machine learning” conta Ricardo Barbosa, responsável pelo projecto no INEGI.

Trata-se de uma solução integrada assente num sistema de monitorização e controlo preditivo do equilíbrio da ventilação. A tecnologia permitirá controlar a ventilação e temperatura dos edifícios e naves que compõem a edificação, o que conduzirá, naturalmente, a uma poupança significativa de energia.

Além da racionalização dos consumos energéticos e respectivo impacto financeiro, a implementação das medidas previstas e da solução preconizada vai também contribuir para a sustentabilidade ambiental. Um factor importante para a empresa, cujo Grupo tem como objectivo reduzir a totalidade da pegada ecológica até uma média de 70% por produto, até 2030.

Segundo o INEGI, foram as ineficiências detectadas no sistema de ventilação e climatização instalado na unidade industrial que motivaram a IKEA Industry Portugal a recorrer ao apoio especializado do INEGI, e o diagnóstico levado a cabo pela equipa do Instituto confirmou a existência de problemas.

“A análise do funcionamento do sistema AVAC actualmente instalado, das actuais condições de conforto térmico, bem como a modelação numérica de fluxos de ar e cargas térmicas, revelou flutuações de temperatura e humidade na fábrica e escritórios”, conta Géssika Morgado, membro da equipa técnica do INEGI.

Estas “tinham impacto não só no conforto térmico dos mais de 1500 trabalhadores, mas também na qualidade das matérias-primas e produtos, devido à introdução de ar exterior com níveis de contaminantes significativos”. Para mitigar o problema, acrescenta, “os colaboradores abriam portas, portões e claraboias, o que, naturalmente, resultava num enorme desperdício do ponto de vista energético”.

Desperdício que, muito em breve, deixará de se verificar. Para garantir que tal acontece, a equipa do INEGI vai acompanhar a implementação do plano de ação, e monitorizar os resultados de forma contínua.