Robot ligado a rede privada 5G faz vigilância física na Universidade de Vigo

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O robot Spot da Boston Dynamics está ligado à rede privada europeia 5G SA e está responsável por complementar as tarefas de vigilância física do campus da Universidade de Vigo, em Espanha. Este projecto nasce da colaboração entre a Securitas, Telefónica, Cisco, Alisys, ZTE e a Universidade de Vigo.

A máquina, com um metro e meio de comprimento, anda de quatro, leve como um galgo, sobe escadas e dobra-se para cima para se deitar. O robot é controlado remotamente através de uma sala de controlo montada dentro da universidade.

O Spot tem visão térmica, video de alta definição e visão panorâmica 360º, sendo que recebe comando através de uma antena 5G colocada no telhado da Universdade.

O robot pode acompanhar os vigilantes. O projecto piloto durou dois anos e terminou esta semana com uma demonstração prática. O equipamento custou 70.000 euros, aos quais, segundo a imprensa espanhola, devem ser adicionados mais 100.000 euros em equipamento de vigilância, controlo remoto, rádio e software. O robot pode ser equipado com inteligência artificial para tarefas de reconhecimento facial.

Apesar de ainda não ser explorado comercialmente, este piloto permitiu às organizações envolvidas e profissionais do sector perceber as suas mais-valias para a segurança.

O robot faz parte de um caso de utilização da Telefonica 5G. É um projecto-piloto futurista porque, actualmente, devido a questões legais e à falta de implantação da rede não pode ser explorado comercialmente e nesse sentido não existem planos ou datas para o utilizar no campus para além de experiências e ensaios.

O mesmo caso de utilização pode ser aplicado para apoiar a polícia e a máquina pode realizar missões autónomas em locais perigosos, tais como zonas de alta temperatura ou contaminadas.

A ideia é que a Spot irá aquecer o mapa e ampliar as suas gravações para que um vigilante humano cubra mais território em menos tempo.

Os promotores fizeram uma demonstração num parque de estacionamento e num pinhal em que a máquina, que se assemelha a um cão, acompanhou um vigilante. “Cuidado, está a chegar um carro. Faz zoom naquela mota”, disse a segurança Laura ao operador da sala de controlo remoto.

Segundo os organizadores, esta é a primeira vez que um caso de 5G Stand Alone que é a tecnologia de banda ultralarga mais avançada do mundo, é apresentado na Europa.

O funcionamento em 5G significa que o dispositivo pode reagir em tempo real, tecnicamente chamado de baixa latência. Especificamente, o robô está operacional com 10 milisegundos por comando, embora no projecto-piloto tenha conseguido atingir seis e o objectivo final seja atingir um. A Telefonica e a Universidade de Vigo colaboram há vários anos para desenvolver casos de utilização de 5G e aplicá-los.

Drone controlado à distância

A apresentação também mostrou como um segundo segurança controla remotamente o robô a partir de uma mesa na estação de controlo com controladores de jogos de vídeo e a máquina obedece em tempo real. Através de quatro ecrãs, o operador examina as imagens infravermelhas e panorâmicas e vê o seu colega. O outro colega fala com ele através de videoconferência. O controlo remoto é feito graças à ligação 5G .

Para este fim, foi implementada uma rede virtual dedicada a serviços críticos para a segurança do campus, garantindo a latência ultra-baixa e alta largura de banda necessária para o controlo remoto do robot Spot, que é ligado pela primeira vez a uma rede 5G SA com capacidade para realizar este tipo de tarefas.

A Cisco tem sido o fornecedor do núcleo de rede 5G SA e do software que facilita a virtualização, orquestração e automatização de serviços, fornecendo também os recursos de computação (servidores) e transporte (comutadores).

As redes 5G SA devem ser flexíveis e programáveis para se adaptarem dinamicamente a diferentes casos de utilização.

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