“Responsáveis de cibersegurança deverão apontar esforços e investimentos para a unificação de todo o seu ambiente corporativo”

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As preocupações das empresas em Portugal com os temas da cibersegurança têm aumentado. A opinião é de Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal. Numa entrevista à Security Magazine, o responsável salienta que os responsáveis de cibersegurança deverão apontar os seus esforços e investimentos para a unificação de todo o seu ambiente corporativo de modo híbrido.

Security Magazine – Como considera que evoluíram as preocupações das empresas nacionais relativamente aos temas da cibersegurança? 

Rui Duro – As preocupações das empresas nacionais relativamente a temas ligados à cibersegurança têm vindo a aumentar, devido a diversos factores. O principal é por terem sido alvo de um ciberataque. O segundo pela sensação de insegurança causada, no último ano e meio, com a dispersão geográfica das equipas em trabalho remoto. 

Na sua perspectiva, quais os grandes desafios ao nível da cibersegurança que esta sociedade hiperconectada traz às organizações em Portugal e no mundo? 

Hiperconexão é igual a hipercomunicação de dados e sucessivamente aumento exponencial de probabilidade das empresas tornarem-se alvos de ciberataques.

Mas o interessante é que a única coisa que realmente muda é o volume de dados e riscos de ataque, porque o desafio mantém-se o mesmo há décadas a esta parte.

O desafio começa pela formação dos recursos humanos das empresas, para que estejam conscientes da miríade de potenciais ataques a que são alvos diariamente, passando depois para a criação de políticas de segurança de dados restritas e claras para todos dentro das empresas, e finalizando com a adopção das melhores ferramentas de apoio à prevenção e detecção de potenciais ataques, principalmente dos ataques Zero Day. 

Quais são, no seu ponto de vista, as grandes tendências que marcarão o próximo ano o mercado da cibersegurança? 

No próximo ano continuaremos a ver o mercado de cibersegurança a apostar na protecção das clouds, quer públicas quer privadas. Isto será perceptível através de uma maior adopção de soluções Secure Access Service Edge (SASE) que permitirão aos CISO gerir de forma mais segura, simplificada e coordenada um ambiente de segurança mais complexo e híbrido, através da unificação de produtos de segurança para redes multi-cloud. 

Observando a actual realidade e ameaças, para onde é que os responsáveis de cibersegurança deverão apontar as suas armas durante o próximo ano? 

Os responsáveis de cibersegurança deverão apontar os seus esforços e investimentos para a unificação de todo o seu ambiente corporativo de modo híbrido, para que possam conseguir responder a todas as necessidades e ambientes que têm vindo a ser criados e que tornaram mais complexa gestão de dispositivos e do ambiente corporativo. 

Como avaliam 2020 na vossa organização em termos de crescimento em Portugal e como perspectivam o próximo ano? Que novidades estão previstas para o mercado nacional em matéria de investimentos e novos serviços/produtos?

2020 foi um ano de grande crescimento e de foco nos esforços dos nossos clientes para alargar os seus perímetros de segurança até casa dos seus colaboradores, e 2021 tem sido um ano de continuidade deste trabalho.

Enquanto empresa, temos vindo a reforçar a nossa liderança de mercado e de disponibilização de novas soluções de cibersegurança que permitam os clientes estar mais seguros a cada dia que passa.

Para 2022, iremos manter esta estratégia de proximidade com os nossos clientes, bem como a reforçar a expansão da nossa rede de parceiros a nível geográfico.

Quanto a novos produtos ou soluções, manteremos o ritmo que temos tido de desenvolvimento e disponibilização das nossas soluções.

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