A 10ª edição do Celulex, exercício anual organizado pelo Exército Português, está a decorrer na Escola de Armas, em Mafra. Durante cinco dias, num ambiente conjunto, combinado e interagências, o exercício pretende contribuir para a promoção do desenvolvimento das capacidades nacionais de defesa nuclear, biológica, química e radiológica. A Security Magazine esteve presente no primeiro dia do exercício.
Além do emprego do elemento de defesa biológica, química e radiológica do Exército, a edição deste ano conta com a participação do Exército espanhol e das Forças Armadas da Eslovénia, bem como de diversos agentes da protecção civil nacionais.
À Security Magazine, Milton Pais, major do Exército, esclarece que “o exercício Ceclulex é anual, realizado pelo Exército com todas as entidades com competências nas áreas nuclear, biológica, química e radiológica e pretende-se, através deste, promover as capacidades nacionais e treinar a capacidade de resposta do Exército caso a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) solicite o nosso apoio para resolver incidentes desta natureza”.
Cada dia do evento foi dedicado ao treino de um incidente. “Em todos eles, pretendemos testar a nossa capacidade de resposta sempre em apoio às autoridades nacionais”, disse.
Na edição 2022, estiveram envolvidas 20 entidades nacionais e internacionais. Dentro das internacionais, destaque para a Unidade de Defesa NBQ de Espanha e os militares das Forças Armadas eslovenas que participaram como observadores, no fundo para, “visualizarem as nossas técnicas, tácticas e procedimentos de resposta a incidentes BQR”. A nível nacional estiveram envolvidas 18 entidades com estas competências. Globalmente, marcaram presença neste exercício cerca de 250 militares.
“Temos um posto de comando da ANEPC a coordenar as actividades, juntamente com a Agência Portuguesa do Ambiente, e os diferentes agentes de protecção civil colaboram mostrando as suas técnicas, tácticas e procedimentos de reconhecimento, havendo uma partilha de informação entre as diferentes entidades”, sublinhou o major Milton Pais.
Quanto à reposta do Exército a este tipo de cenários, Milton Pais salienta que “a capacidade de defesa nuclear, biológica, química e radiológica no Exército não é nova. Tem vindo a ser alicerçada ao longo de mais de uma década de trabalhos, inclusive de Investigação e Desenvolvimento, que nos leva a ter esta capacidade de apoio e dai a importância dos exercícios, para que possamos manter a nossa proficiência técnica e interoperabilidade com os outros agentes de protecção civil e é por isso que consideramos importante a realização deste exercício numa base anual”.
Como sublinhou o tenente-coronel João Bento, porta-voz do Exército à Security Magazine, importa reforçar a questão das interagências e da variedade de agentes de protecção civil que estão aqui para treinar procedimentos e trocarem experiências e conhecimentos, para que, em caso de situação real, “estejamos devidamente preparados para dar reposta”. Como concluiu, “o Exército treina diariamente ao serviço dos portugueses para demonstrar a sua máxima operacionalidade e prontidão”.
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