Siemens: A IA abre um mundo novo de possibilidades para os operadores e gestores dos edifícios

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A Siemens tem, entre os seus objectivos tornar os edifícios mais seguros e resilientes. Para tal, apoia-se fortemente em novas ferramentas tecnológicas e digitalização. Rui Gramunha, Fire Safety & Security Sales Head na Siemens, explica que “a tecnologia é a resposta para os principais desafios que enfrentamos (…)”. Como sublinha, a IA, IoT, metadata, cibersegurança, gémeos digitais ou plaraformas na nuvem estão a “permitir que os edifícios se tornem mais inteligentes, confortáveis e seguros”.

Security Magazine – Que novidades apresentaram ou preveem apresentar ao mercado português ao nível dos sistemas/equipamentos de CCTV?
Rui Gramunha – Um dos objectivos da Siemens para esta área é tornar os edifícios mais seguros e resilientes através da tecnologia e digitalização. Por isso, destacaria a Siemens Xcelerator, uma plataforma de negócios digital aberta, da qual faz parte o Building X, uma gama de aplicações digitais e escaláveis inteiramente dedicada aos edifícios inteligentes, que se carateriza por ser interoperável, flexível, aberta e as-a-service.
O Building X permite digitalizar, gerir e optimizar as operações dos edifícios, proporcionando uma melhor experiência ao utilizador, melhor desempenho e maior sustentabilidade. Esta plataforma apoia os utilizadores na sua jornada de digitalização, para que sejam capazes de tomar decisões inteligentes sobre os seus edifícios e de resolver mais rapidamente potenciais problemas. Pode ser aplicada em edifícios de diferentes tamanhos e com diferentes requisitos de conectividade. O Building X inclui, por exemplo, a gama Siveillance, composta por soluções de controlo de acesso, videovigilância, detecção de intrusão e gestão de segurança, bem como a Building X Security Manager, uma aplicação na nuvem que ajuda a monitorizar, rastrear e comparar acessos, ocupação e utilização dos espaços, sendo estes dados apresentados em painéis de controlo personalizados. Esta aplicação regista e analisa os alertas, produzindo relatórios de segurança.

Quais os aspectos mais valorizados pelo cliente final na hora de implementar os vossos produtos – preço, qualidade, assistência técnica, segurança ou eficiência energética?
Na Siemens procuramos fazer uma abordagem holística aos projectos que desenvolvemos na área da segurança, por isso, todo os aspectos que menciona acabam por ser, a dada altura, abordados e discutidos em conjunto com os nossos clientes e parceiros.
Se, por um lado, procuramos apoiá-los no cumprimento de normas, leis e regulamentos relacionados com segurança, para que alcancem uma protecção 360º dos seus activos, por outro, procuramos ser parceiros tecnológicos nas suas jornadas individuais de sustentabilidade e transformação digital, para que consigam optimizar os processos e as operações e obter ganhos de eficiência e maior rentabilidade.
Se tivesse mesmo de seleccionar uma, e se tivermos em consideração que os edifícios representam actualmente 40% da utilização primária de energia global, seleccionaria a eficiência energética. Esta é, sem dúvida, uma das prioridades das organizações que nos contactam, com o intuito de investir na implementação e também na modernização dos sistemas de segurança, para que sejam mais robustos, flexíveis e funcionais, e com o intuito de criar espaços mais seguros e com exploração mais eficiente.

De que forma a Inteligência Artificial está a revolucionar este tipo de equipamentos?
A tecnologia é a resposta para os principais desafios que enfrentamos actualmente, nomeadamente as alterações climáticas, a glocalização (uma evolução da globalização), as alterações demográficas e, claro, a urbanização. As inovações tecnológicas estão já hoje a ajudar as empresas do sector das infra-estruturas a resolver problemas concretos.
De uma forma muito simplista, tecnologias como a inteligência artificial (IA), a internet das coisas, a utilização de metadata, a cibersegurança, os gémeos digitais ou as plataformas na nuvem estão a permitir que os edifícios se tornem mais inteligentes, confortáveis e seguros.
Ao recorrermos IA, conseguimos detectar problemas antes destes ocorrerem, optimizar os custos operacionais das infra-estruturas de forma mais eficiente, e prever com precisão os consumos energéticos que o edifício terá amanhã ou adaptar as medidas de segurança a novos riscos, recorrendo aos dados recolhidos ontem. Ou seja, a IA abre um mundo novo de possibilidades para os operadores e gestores dos edifícios, e para nós, claro, enquanto empresa tecnológica.

Cada vez mais a segurança caminha para uma actuação preventiva e não reactiva. Como avalia a aposta do mercado em sistemas pró-activos e reactivos? Qual a tendência a este nível?
O foco actual está na implementação de sistemas pró-activos e preditivos. A Siemens atende às duas vertentes, fazendo uso da sua gama de soluções e serviços, e de décadas de experiência, na área da segurança física de instalações e infra-estruturas, e, com uma cada vez maior digitalização e conectividade dos equipamentos e sistemas, agregando também a vertente da cibersegurança.
A análise inteligente dos dados gerados pelos sistemas permite antecipar de forma preditiva eventuais ocorrências, permitindo agir preventivamente. Desde o design inicial dos equipamentos até à monitorização contínua e à defesa proactiva, os nossos especialistas em segurança ajudam a proteger os activos digitais e infra-estruturas críticas dos nossos clientes, ao longo de todo o ciclo de vida, para garantir que as actividades e as operações comerciais destes não são interrompidas.

Estando a segurança cada vez mais apoiada por soluções tecnológicas. No seu ponto de vista, o que define e quais os pilares de um bom sistema de segurança em termos tecnológicos?
A aplicação combinada dos diferentes sistemas e tecnologias, empregando correctamente cada um deles aos riscos de cada local e à utilização pretendida, determina a eficiência do sistema de segurança e, em simultâneo, a satisfação dos utilizadores dos edifícios.
Por outro lado, a implementação de uma plataforma de gestão holística, suportada numa arquitectura aberta, interoperável e flexível é fundamental para os gestores e responsáveis das instalações.
Adicionalmente, na Siemens estamos focados em assegurar que os sistemas são mantidos em boas condições de operação e com programas de actualização contínua da tecnologia e softwares, de modo a dotar os sistemas de novas funcionalidades e assegurar a sua proteção contra vulnerabilidades de cibersegurança.

Artigo publicado na última edição especial. Registe-se na nossa newsletter e receba notícias como esta.