O Relatório Cibersegurança em Portugal – Linha de Observação Sociedade foi divulgado esta semana pelo Observatório de Ciberegurança. O documento apresenta alguns indicadores respeitantes às atitudes, aos comportamentos e à educação/sensibilização dos portugueses em relação à cibersegurança, comparando, sempre que possível, com o conjunto da União Europeia (UE).
O estudo procura dar destaque aos aspectos sociais desta realidade, em particular ao modo como a internet e os dispositivos informáticos são percepcionados pelos utilizadores e quais as práticas correspondentes em termos da respectiva utilização em segurança. Essa percepção e as acções que daí decorrem vão definir os graus de apreensão, confiança ou cuidado na utilização das tecnologias digitais.
Entre as situações identificadas destacam-se os cuidados insuficientes no uso de passwords, a pouca reacção perante situações de cibercrime, a baixa percentagem de portugueses que afirma ter sistema de segurança no telemóvel. Destaque ainda para o facto de a preocupação com a segurança interferir com as compras online e com a partilha de informação pessoal nas redes sociais.
Portugal está relativamente alinhado com o resto da UE quanto à percentagem de indivíduos que já restringiram ou recusaram o acesso a dados pessoais quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone (entre 34% e 59%, dependendo da incidência) – ainda assim, existe uma discrepância um pouco maior em relação à UE, com resultados menores para Portugal, se considerarmos todos os indivíduos, 34% (PT) para 43% (UE).
Poucos se sentem muito bem informados sobre cibersegurança. O sentimento de autossegurança é menor em Portugal do que na UE. Roubo de identidade, fraude bancária e pornografia infantil são os crimes considerados mais graves. O discurso de ódio, ao contrário da UE, é considerado dos crimes menos graves.
O relatório está disponível aqui.