Axis fornece câmaras de videovigilância para projecto Ciclope

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A Axis Communications, fabricante de equipamentos de videovigilância, juntou-se recentemente ao projecto Ciclope, desenvolvido pelo Instituto de Novas Tecnologias (INOV). A parceria surgiu por intermédio do distribuidor Anixter. A Security Magazine entrevistou, em exclusivo, Luís Silva, unit coordinator do INOV, e Ricardo Pereira, Portugal sales manager da Axis.

O Ciclope é uma ferramenta de detecção e apoio à decisão operacional no combate aos incêndios rurais/florestal. O sistema está disponível para os operacionais da GNR e ANEPC em 10 distritos do país.

Hoje, 33% do território nacional está coberto pelo sistema, através de uma rede de 100 torres de acompanhamento remoto, 18 centros de gestão e controlo e várias dezenas de centros de monitorização remota.

Em funcionamento já estão 30 câmaras da Axis. Ricardo Pereira, Portugal sales manager da Axis, explica à Security Magazine que “pretendia-se uma cobertura a longa distância e que permitisse detectar durante o dia ou noite e enviar vídeo para suportar a decisão no Ciclope”. O modelo escolhido, Axis Q8752-E Zoom “é composto por duas lentes, uma térmica e outra de luz visível ambas com zoom”.

A detecção a vários quilómetros de distância com a lente térmica “permite-nos ter um alerta e para a sua confirmação temos disponível no mesmo equipamento outra lente, que combina um zoom óptico de 32x, tecnologia de imagem, Lightfinder baseada no novo chipset Artpec7- que nos permite manter a cor mesmo em condições de baixa iluminação -, duplo estabilizador de imagem em ambas as lentes, que permite ao operador tentar identificar visualmente e dar suporte às operações”. Além destas capacidades de ambas as câmaras,  ambas podem ser operadas de forma única e sincronizada.

A combinação das duas lentes permite aplicar esta câmara a diversos ambientes onde a câmara térmica detecta e a câmara de espectro visível permite a confirmação utilizando apenas um único equipamento.

Luís Silva, unit coordinator da INOV, explica que a relação com a Axis “nasce naturalmente através da disponibilização da gama de dispositivos integrados com câmaras do espectro visível e infra-vermelhos que permitiu cumprir os requisitos técnicos e funcionais necessários à integração na plataforma de software de forma compatível com as exigências específicas dos algoritmos de detecção de incêndios desenvolvidos pelo INOV”.

Além do cumprimento das especificações técnicas e respectivo custo, a decisão sobre esta gama “teve em conta a fiabilidade reconhecida da marca, sendo este um dos factores mais determinantes no sucesso da solução integrada e, portanto, da marca Ciclope”.

Projecto a crescer

O sistema está continuamente a ser alargado e melhorado, sendo previsível o funcionamento de 140 torres no verão de 2022.

A evolução da solução acontecerá em dois níveis. “Por um lado, o aumento da cobertura no território nacional, através de novas instalações” e, por outro, pelo “acréscimo de funcionalidades em algumas das actuais instalações”, como a operacionalização da ferramenta de detecção automática de incêndios ou sensores meteorológicos.

Além do mercado português, o INOV está a promover a solução além-fronteiras. Luís Silva adianta que o INOV “continua a desenvolver esforços no sentido de promover a solução no mercado internacional, apostando em parcerias com agentes locais (…)”. Neste âmbito, “foram desenvolvidas várias parcerias para vários territórios do mundo“. Esta actuação já permitiu “concretizar duas pequenas instalações no Sul da Europa, com duas torres na ilha grega de Chios, e outras duas na região florestal da província de Roma“.

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