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Lavoro investe 3 milhões na Póvoa de Lanhoso

Notícias Segurança no Trabalho

A Lavoro, marca detida pela Indústria de Comércio e Calçado, está a investir 3 milhões de euros nas suas instalações da Póvoa de Lanhoso. O anúncio surge dois anos depois de um primeiro investimento em armazéns e logística.

“Estamos numa nova fase de investimento em máquinas na área produtiva de corte, costura, montagem e injecção”, diz Teófilo Leite, administrador da empresa, numa entrevista à agência “Lusa”.

“Esta segunda fase de investimento de 3 milhões de euros vai incluir um pacote de várias tecnologias novas, nomeadamente uma que é única no mundo, de reciclagem de produtos ou subprodutos do processo, desde linhas a todo o tipo de materiais têxteis, para, depois, serem reintegrados no fabrico das solas e, por sua vez, nos sapatos”.

Com cerca de 45 trabalhadores na Póvoa de Lanhoso, a Lavoro quer passar para 60 colaboradores naquela unidade até ao final deste ano e para os 100 até ao final de 2023. A empresa prevê com esta aposta passar dos actuais 670.000 pares de sapatos produzidos para 1 milhão.

A segunda fase de investimento arrancou no Verão de 2021, com a transferência de parte da actividade industrial para as instalações de 6.000m2 de Lanhoso e estará concluída em Setembro.

Adicionalmente, o investimento em curso aposta em “reduzir a contribuição de CO2 [dióxido de carbono] no produto, baixando o nível de resíduos no final do processo”, e reforça a preocupação ambiental, através da produção fotovoltaica.

Atualmente com cerca de 45 trabalhadores na Póvoa de Lanhoso, a Lavoro (marca detida pela ICC – Indústria de Comércio de Calçado) pretende chegar até ao final do ano com 60 funcionários naquela unidade e atingir a centena em 2023, de forma a elevar a produção dos atuais 670 mil pares para um milhão e responder ao crescimento esperado do mercado espanhol, mas também do alemão e do escandinavo.

Conforme avançou à Lusa Teófilo Leite, as projecções são de um reforço do peso do mercado espanhol na facturação, de 18 milhões de euros, dos 15% de 2021 para 35% em 2025, ano em que a empresa espera ter mais do que duplicado o volume de negócios, para 40 milhões de euros. Para este ano, a meta é facturar mais cerca de 30%, atingindo os 25 milhões de euros.

“Esta aposta em Espanha tem a ver com os produtos ‘mainstream’, ou seja, com a entrada na indústria geral” do calçado, referiu o administrador, salientando que a procura naquele país é muito forte nos segmentos da indústria automóvel, de componentes e dos sistemas logísticos, dadas as “milhares de plataformas logísticas” ali existentes.

Por negócio ‘mainstream’, a Lavoro entende “sapatos desportivos, mas com a funcionalidade de protecção dos pés”, que se enquadram na categoria do calçado profissional (dispõem, por exemplo, de biqueira e protecção contra perfuração), mas não têm um uso tão exclusivo como as botas militares ou de bombeiro, nas quais a empresa é especialista.

“São sapatos de protecção tipo sapatilhas, aptos para o dia a dia e que se usam em várias partes da logística, nos transportes logísticos, restaurantes, cafetarias ou distribuição alimentar, já com alguma componente de moda e onde o mercado espanhol é muito forte, porque tem muita indústria logística, muita indústria automóvel e muita HORECA [Hotelaria, Restauração e Cafetaria]”, explicou o empresário.

Para além de Espanha, a Lavoro pretende ainda apostar nos mercados alemão e escandinavo, sendo o objectivo que, em 2025, representem, juntos, 35% da faturação.

“Actualmente, na Alemanha temos pouco mais de 10% [das vendas totais], um bocadinho menos do que em Espanha, enquanto o mercado da Escandinávia (incluindo a Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca) representa cerca de 15%, mas queremos crescer lá pela exigência de produtos, de tecnologia, ambiental e de ‘design’”, referiu.

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