O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) participou no workshop organizado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) sobre “Previsão e Alerta da Sinistralidade: O contributo da Inteligência Artificial”.
“Como pode o INEM contribuir para modelos preditivos de acidentes rodoviários?” foi o mote da apresentação realizada pela médica Filipa Barros, do Departamento de Emergência Médica do INEM, na qual deu a conhecer o registo clínico informatizado do INEM, o iTEAMS, e as suas principais vantagens no pré-hospitalar, nomeadamente a estratificação do risco de agravamento do estado das vítimas.
Durante o workshop, foi apresentada a primeira fase do projecto “Previsão e Alerta da Sinistralidade”, que consistiu num estudo de benchmarking para conhecimento dos avanços mais recentes nos métodos estatísticos, fatores de risco, medidas preventivas, metodologias de monitorização e boas práticas no âmbito de modelos preditivos de ocorrência de acidentes, bem como sobre a utilização de ferramentas de business intelligence e analytics para visualização de alertas às alterações dos padrões de sinistralidade.
O objectivo passa por dotar o Observatório de Segurança Rodoviária de ferramentas inovadoras, em alinhamento com as boas práticas internacionais e as perspetivas de evolução futura do combate à insegurança rodoviária baseada em factos e orientada por dados.
A chamada urgente chega via 112 ao centro de orientação de doentes urgentes, é feita uma triagem telefónica e posterior accionamento de meios para o local (ambulância do INEM, Bombeiros ou Cruz Vermelha Portuguesa). No caso de um acidente é feito um registo clinico informatizado através do sistema iTeams, que existe em computadores ou tablets de todos os meios, são preenchidos dados clínicos na escala News, onde é indicado o potencial risco de agravamento do doente. O profissional consegue ver automaticamente no computador ou tablet se é um trauma grave e é gerado um alerta. A informação é enviada ao desktop de um médico regulador do centro de orientação de doentes urgentes. Posteriormente, o médico vê em tempo real o que é feito no pré-hospitalar. O CODU contacta o hospital e informa que vai a caminho um doente, sendo enviada a ficha visualizada pelo médico.
Em 2021, 1,4 milhões chamadas (cerca de), tendo sido registadas perto de 38.500 acidentes de viação e 2.225 traumas graves.
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