A segurança cibernética emergiu como uma prioridade máxima tanto para organizações como para consumidores, especialmente após a propagação da pandemia COVID-19, que levou a novas formas de viver e trabalhar com uma enorme dependência das infra-estruturas digitais que continuam vulneráveis aos ciberataques.
Neste contexto, as receitas globais da segurança cibernética deverão registar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 8,7%, de 220 mil milhões de dólares em 2021 para 334 mil milhões em 2026, prevê a GlobalData, uma empresa de dados e análises.
A cibersegurança empresarial continuará a dominar
O aumento do volume e da sofisticação dos ciberataques nas organizações deverá favorecer o crescimento das receitas do mercado de cibersegurança empresarial durante o período previsto.
Madhumita Chaudhary, Chefe de Prática da GlobalData, comenta: “Apesar dos contínuos investimentos e crescimento no espaço da cibersegurança, a frequência de ataques e violações não tem mostrado sinais de redução. Mais de mil milhões de registos contendo informação crítica foram comprometidos desde a pandemia. Como tal, a cibersegurança empresarial continuará a dominar a procura global de cibersegurança em termos de quota de mercado, captando uma quota de receitas considerável, superior a 90% em 2021”.
O último relatório da GlobalData, revela que o mercado da cibersegurança do consumidor também registará um CAGR saudável, excedendo 10% durante 2021-2026.
Chaudhary explica: “O rápido aparecimento de dispositivos conectados e os riscos de segurança associados sem actualizações de segurança de base favorecerão o crescimento do segmento durante o período de previsão”.
Para além da crescente frequência de ataques, os resgates também estão a ganhar proeminência, e têm sido utilizados em vários ataques de grande visibilidade. É o tipo de ciberataque mais preocupante para os líderes empresariais.
Chaudhary continua: “A segurança cibernética deve estar na vanguarda de todas as estratégias de transformação digital. Um lapso de atenção poderia significar repercussões pesadas sob a forma de ataques acelerados de resgates”.
Ásia-Pacífico para liderar o crescimento da segurança cibernética
A Ásia-Pacífico (APAC) é mais vulnerável a ameaças cibernéticas devido às infra-estruturas críticas e ao crescimento do sector financeiro na região, diz o estudo.
Além disso, um aumento das iniciativas de transformação digital, a penetração da conectividade Internet, e a susceptibilidade decorrente da conectividade da Internet de alta velocidade é susceptível de aumentar a adopção de soluções de segurança cibernética.
Chaudhary conclui: “países na região da APAC como a Índia, Singapura, Japão, Austrália, Filipinas, Tailândia, e Taiwan estão a enfrentar crescentes crimes cibernéticos em termos de resgate, phishing, e ataques de rede, e estão projectados para testemunhar uma forte procura de produtos e serviços de segurança cibernética”.
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