Segurança é prioridade número 1

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A Toyota Material Handling Europe é parceira das campanhas da EU-OSHA há uma década, tendo como objectivo gerir e promover uma cultura de prevenção de riscos. Como avança, Ana Paula Soares, directora de comunicação e marketing da Toyota Caetano Portugal, “sendo a segurança, desde sempre primordial para a marca, há mais de 20 anos que a Toyota equipa de série todos os seus empilhadores com um exclusivo sistema de segurança preventivo”. Como aponta, “nos últimos anos, todos os equipamentos da Toyota possuem telemática para se poderem conectar aos sistema de gestão de frota I-Site”.

Security Magazine – A actividade de movimentação de cargas é intensa e exigente. Actualmente, os acidentes com equipamentos de movimentação de cargas representam ainda uma fatia importante em termos de lesões graves na indústria mundial e são uma das principais preocupações dos responsáveis de segurança. Face a essa realidade, que preocupações em termos de segurança e ergonomia estão patentes nos vossos equipamentos, tendo em vista a redução do número de acidentes que envolvam veículos, condutores/operadores e os restantes colaboradores ou visitantes em circulação no espaço?
Ana Paula Soares – A Toyota Material Handling Europe (TMHE) persegue a ambição de zero acidentes em conjunto com EU-OSHA. Tendo a segurança como prioridade número um, a TMHE tem sido um parceiro activo, desde há 10 anos, no apoio total das campanhas da EU-OSHA, visando a necessidade de gerir e de promover uma cultura de prevenção de riscos. Sendo a segurança, desde sempre, primordial para a marca, há mais de 20 anos que a Toyota equipa de série todos os seus empilhadores com um exclusivo sistema de segurança preventivo, designado por SAS – Sistema de Estabilidade Activa. Este sistema preventivo de segurança, antecipa e corrige automaticamente situações de instabilidade que possam fazer tombar a máquina e originar acidente grave.
Ao longo do tempo tem havido uma evolução constante nos componentes e funções de segurança que a Toyota disponibiliza nas suas máquinas, fruto, não só das exigências legais e normativas, mas também da política da marca em assegurar a satisfação das necessidades dos seus clientes. Nos últimos anos, todos os equipamentos Toyota possuem telemática para se poderem conectar ao sistema de gestão de frota I_Site. Com esta conectividade, o cliente pode obter informação real, nomeadamente sobre acidentes ocorridos, onde e qual o nível de impacto, para poder analisar e melhorar as boas praticas de operação, assim como detectar necessidades de formação.
A legislação por si só, estabelece um conjunto de requisitos mínimos de segurança que todas as máquinas têm de cumprir. Actualmente, toda a nossa gama acrescenta diversas características pensadas em termos de ergonomia e segurança, sendo apenas alguns exemplos o acesso controlado por código PIN, a possibilidade de limitar a velocidade e aceleração, a redução automática de velocidade ao curvar, a deteção automática da presença do operador no posto de condução, a colocação obrigatória do cinto de segurança para a máquina poder trabalhar, o layout de todos os componentes e posição dos indicadores para que o foco essencial seja a condução e o manuseamento das cargas. Existe ainda a possibilidade de adicionar equipamento opcional, em função das características do espaço de trabalho, que aumentam ainda mais a segurança.
Ao nível da iluminação de trabalho, a utilização de faróis adicionais LED, para que o operador tenha a melhor visibilidade do ambiente circundante e para que os outros colaboradores tenham também um alerta e visibilidade da presença do empilhador. A utilização de um foco de luz azul apontado para o solo, a cerca de 5 metros e que permite alertar os peões para o movimento do empilhador, é um complemento de segurança à utilização da buzina e do alarme de marcha atrás.

Muitos destes acidentes resultam da má utilização dos equipamentos. A este nível, que iniciativas são desenvolvidas pela vossa organização tendo em vista a condução segura destes equipamentos?
Com a entrega dos equipamentos, as nossas equipas comerciais dinamizam sempre uma explicação inicial, com esclarecimento das principais funções. Adicionalmente, a Toyota disponibiliza formação certificada aos seus clientes, para habilitação de condução de empilhadores e equipamentos de armazém. O programa pedagógico desta formação integra a análise de importantes noções de segurança, dos requisitos legais importantes para o operador, das boas práticas associadas à utilização, bem como é promovida a simulação prática de utilização (manobra e elevação).

Recentemente, a vossa empresa implementou novos recursos ou inovações aos vossos equipamentos tendo em vista a melhoria da segurança e ergonomia dos mesmos?
Em termos de iluminação, a mais recente inovação está relacionada com a adopção de luzes LED em faróis e farolins, não só pelo menor consumo, mas também pelo grande poder de iluminação. Inovador é também o novo display táctil a cores, muito intuitivo e ergonómico, para o operador perceber rapidamente algo que possa originar risco de segurança, nomeadamente o posicionamento das rodas traseiras de direcção. Igualmente permite de forma muito fácil, ajustar parâmetros para que o operador se sinta mais confortável e seguro, tais como velocidades e aceleração.

Quando existe um novo aluguer ou aquisição de um equipamento de movimentação de cargas, estes dispositivos de segurança são opcionais com custos associados ou já integram o equipamento na origem sem qualquer custo adicional?
Os equipamentos já integram de base um grande número de requisitos direccionados para a segurança, sem custo adicional. No entanto, há operações com requisitos especiais de segurança, como por exemplo elevação dos garfos a grande altura, excesso de ruído, tráfego intenso de peões, excesso de poeiras (que limitam a visibilidade), etc. Em função das limitações e/ou exigências da operação e do nível de compromisso do cliente com a segurança, é possível substituir componentes base ou acrescentar opcionais de forma a aumentar ainda mais a segurança.

Observando a realidade portuguesa, considera que as empresas valorizam a segurança dos seus equipamentos de movimentação de cargas ou este factor ainda é encarado ainda como um custo?
Depende da cultura de segurança e compromisso que as empresas assumam com a segurança das suas actividades e dos seus colaboradores.
De uma forma geral, as empresas de maior dimensão, industriais, onde os riscos são mais elevados, valorizam mais o cumprimento das regras de segurança, identificam e percepcionam que a segurança visa prevenir os acidentes com os custos (directos e indirectos) consequentes, associados a perdas de produto, danos nas infra-estruturas ou equipamentos ou mais grave ainda, os danos nas pessoas. É muito mais dispendioso a reparação de um acidente, do que o investimento em segurança. As organizações de menor dimensão ainda têm alguma dificuldade em valorizar a segurança como pilar essencial para as suas actividades, por alguma falta de informação, ou por ausência de histórico relacionado com acidentes ou porque a prevenção sempre requer algum investimento que nem sempre é possível.
De qualquer forma nos últimos anos há uma evolução nítida das nossas organizações no sentido de garantir a segurança dos seus trabalhadores, equipamentos e actividades.
Globalmente os nossos clientes sabem que o trabalho com máquinas de movimentação de carga é perigoso, e que necessitam de máquinas seguras, fiáveis e produtivas para a sua actividade.

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