GNR apresenta novo equipamento de protecção para motociclistas

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A Guarda Nacional Republicana apresentou, esta terça-feira, o novo equipamento de protecção destinado aos seus motociclistas, no Quartel do Carmo em Lisboa.

O novo equipamento é composto por um fato, em material retroflector, com malha de rede visível em ambiente nocturo, conta com uma camada impermeável e outra para conforto e aquecimento; fato de chuva impermeável que poderá ser vestido por cima do fato primário, mantendo as mesmas características; e capacete que passa a contar com uma nova caracterização e elementos de destaque.

A grande novidade é o colete com sistema airbag, activado por vários sensores, sem fios ou ligação ao motociclo; activado em quedas acima dos 20km/h. Este sistema estará em testes em 25 militares que irão acompanhar a Volta a Portugal em Bicicleta.

Veja aqui o vídeo de activação do colete airbag

À Security Magazine, António Maio, major da GNR, salientou que a GNR tem assumido um papel de vanguarda no que toca às questões de segurança e este é mais um exemplo. “Este é um sistema muito prático e confortável (…) o fundamental para a GNR é a segurança do militar mas olhamos também para a fiabilidade e conforto”. Encontrados estes três vectores, os equipamentos serão agora testados na Volta a Portugal em Bicicleta em 25 motociclistas equipados com o sistema. “Num futuro próximo pretendemos ter este equipamento ao dispor de qualquer motociclista da GNR”.

Neste momento, há vários serviços onde o militar usa o motociclo, como patrulhamento rural, protecção florestal, escola segura, entre outros. Numa primeira fase, este equipamento será utilizado na vertente do trânsito, onde a GNR conta com cerca de 2500 militares que poderão ser possíveis utilizadores.

“O equipamento carece de uma evolução natural e algumas fases de teste e esperemos que o mais rapidamente possível possamos equipar todos os motociclistas com este equipamento”, adiantou.

A GNR para chegar a este modelo de fato e airbag realizou vários estudos a outras congéneres. “Chegámos à conclusão que a nossa vizinha Guardia Civil está na vanguarda deste equipamento, com um série de anos de experiência. O fato da GNR é muito parecido com o da Guardia Civil e, em estreita coordenação com a empresa fornecedora, chegámos a este ponto ideal”.

O fato foi fornecido pela Sodarca Defense. Paulo Carinhas, responsável da empresa, adiantou à Security Magazine que o dispositivo de aibag é “bastante simples dentro da sua complexidade”. O equipamento conta com um acelerómetro com uma bateria, que lhe permite estar em funcionamento durante 35h em contínuo; conta com uma botija de CO2 que é activada pelo acelerómetro que irá permitir a insuflação completa do colete, protegendo o corpo do militar, proporcionar a a hiper extensão do pescoço, permitindo ainda a protecção da zona lombar. “Além de ser um equipamento de airbag é constituído pelo mesmo material e caracterização do fato completo e com a mesma capacidade de resistência a abrasão”, disse. Depois de substituída a bateria de CO2 é possível reutilizá-lo novamente.

O equipamento não tem ligação nenhuma ao veículo, não tem fios, e garante a protecção a partir dos 20km/h. Porém, há a possibilidade de conectar um dispositivo na zona de suspensão frontal da mota que proporciona a activação se o motociclista receber um embate enquanto está parado.

Assim que o militar liga o colete, assim que inicia uma missão, ficando pronto para a sua utilização. A sua activação acontece sempre que há um embate, sendo um dispositivo passivo.

Luís Carinhas explica que a empresa trabalha para o mercado da defesa e segurança, sendo importadora de equipamentos em utilização nas forças policiais e armadas, transpondo-as para os militares e policias portugueses. “Este não é o primeiro projecto que fazemos, mas é o primeiro que fazemos ao nível de protecção para motociclistas”, referiu.

A Guarda Nacional Republicana é responsável pela fiscalização e ordenamento do trânsito em 97% da rede viária em Portugal continental, sendo fundamental o seu contributo para a redução da sinistralidade rodoviária, dispondo, para tal, de valências específicas, que garantem a livre circulação e a integridade dos utentes das vias.

A redução da sinistralidade rodoviária é uma prioridade estratégica para a Guarda Nacional Republicana. Consciente desta problemática, principalmente a que envolve veículos de duas rodas a motor, a GNR irá dotar os seus motociclistas com um novo equipamento de protecção que lhes confira um elevado nível de segurança, de forma a mitigar ao máximo a gravidade das consequências em caso de acidente.

Com este equipamento de protecção, tecnologicamente evoluído, a Guarda afirma-se como precursora activa na aplicação de tecnologia de ponta em prol da segurança física dos seus militares que desenvolvem a sua actividade em veículos de duas rodas a motor.

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